Acionistas da Sanindusa compram posição da Iberis e passam a controlar grupo sanitário de Aveiro a 100%
Famílias Amaro, Batista, Oliveira e Veiga adquirem participação de 10% que estava nas mãos do fundo de investimento Iberis Capital. Grupo de Aveiro fatura 44 milhões de euros e emprega 490 pessoas.
Três anos e meio após terem tomado o controlo maioritário do grupo Sanindusa, as famílias Amaro, Batista, Oliveira e Veiga acabam de fechar a compra da participação de 10% que estava nas mãos do fundo de investimento Iberis Capital. Passam a deter a totalidade do capital, com a administração a falar de “um passo estratégico no reforço da autonomia e estabilidade acionista do grupo”.
Fonte oficial do grupo de materiais de construção, especializado em soluções sanitárias e louça cerâmica, avança ao ECO que este processo de aquisição, iniciado há cerca de um ano, foi em meados do mês passado concretizado pelos acionistas pertencentes à segunda geração das famílias Amaro, Batista, Oliveira e Veiga.
A operação foi montada pelos próprios administradores da Sanindusa, que conduziram diretamente as negociações e contaram com a assessoria jurídica da PLMJ. Foi executada com recurso a financiamento de um sindicato bancário liderado pelo BPI e que integrou também o Santander e a Caixa de Crédito Agrícola, e incluiu indicadores de sustentabilidade que vão permitir uma “redução dos custos financeiros”.
Foi no final de 2021 que as famílias Amaro, Batista, Oliveira e Veiga, que já detinham em conjunto 44% do capital da Sanindusa, tomaram o controlo maioritário do grupo, adquirindo através da sociedade S-Zero – Cerâmicas de Portugal as posições acionistas representativas dos restantes 56%, que pertenciam a outras quatro famílias (Amaral, Rodriguez, Silva e Ribeiro).
No âmbito dessa reorganização da estrutura acionista, a Sanindusa recebeu uma injeção de capital através do investimento de fundos geridos pela Iberis Capital. A sociedade de private equity entrou nessa altura como nova sócia com uma posição de 10%, agora recuperada pelas quatro famílias, integradas na empresa desde a fundação em 1991 – a produção de sanitários foi iniciada dois anos depois.
Exporta 70% com 490 trabalhadores
Com 490 trabalhadores e um volume de negócios de 44 milhões de euros no ano passado, segundo dados fornecidos ao ECO pela mesma fonte, o grupo fundado em 1991 detém cinco unidades industriais em Portugal, onde produz louça cerâmica sanitária, lava-louças cerâmicos, banheiras e bases de chuveiro em acrílico, torneiras e acessórios diversos para a casa de banho.
A Sanindusa exporta atualmente para 64 países, sendo que as vendas ao exterior, que aumentaram 20% desde a reestruturação operada em 2021, representam já perto de 70% da faturação, que no primeiro semestre deste ano está a crescer 15% em termos homólogos. Fora do país, o grupo aveirense dispõe de uma unidade em Espanha (Unisan) responsável pela distribuição no mercado espanhol e ainda de uma empresa no Reino Unido (Sanindusa UK).
O conselho de administração presidido por Eduardo Veiga contabiliza ter investido nos últimos três anos mais de oito milhões de euros em equipamentos que permitiram aumentar a capacidade produtiva e contribuíram igualmente para acelerar a inovação e a internacionalização do grupo.
Em matéria de sustentabilidade, no ano passado, a Sanindusa instalou mais de 4.700 painéis solares numa área de 12.000 metros quadrados – diz ter permitido reduzir as emissões de CO2 em aproximadamente 1.200 toneladas por ano – e já este ano renovou 70% da frota automóvel, que é agora composta por viaturas 100% elétricas.
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