Chubb apresenta lucro recorde de 2,5 mil milhões de dólares

A multinacional Chubb apresentou lucros operacionais da atividade principal no valor recorde de 2,5 mil milhões de dólares (cerca de 2,1 mil milhões de euros) no segundo trimestre de 2025, um subida de 13% em termos homólogos. Enquanto o lucro operacional por ação atingiu os 6,14 dólares, uma subida de 14%. “Um valor recorde sustentado pelo aumento de prémios”, indicou o CEO Evan Greenberg na conferência de apresentação dos resultados financeiros.

Segundo o responsável, todos os negócios da companhia e todas as regiões contribuíram para o crescimento registado. Destaca-se que o negócio de middle market e pequenas empresas, linhas pessoais e E&S businesses (seguros fora do mercado standard) da América do Norte impulsionaram o saldo positivo, assim como, a nível internacional, os segmentos comercias e pessoais de seguros de património e responsabilidade civil (P&C) em todas as regiões, bem como o negócio de seguros de vida na Ásia e nos EUA.

As catástrofes naturais tiveram um peso de 3,3 pontos percentuais no rácio combinado da companhia. Sem considerar esses eventos, o rácio combinado foi de 82,3% – um ponto percentual melhor do que no ano anterior. Quando as catástrofes são incluídas, o rácio sobe para 85,6%. Recorde-se que quanto mais baixo for o rácio combinado (quanto mais longe de 100%), maior é a lucratividade técnica da seguradora.

Crise económica dá força a investimentos de longo prazo

No que aos investimentos diz respeito, aquilo que está a ser um problema para os Estados Unidos da América poderá apoiar o crescimento dos rendimentos de investimento da empresa. O défice, o enfraquecimento do dólar e as políticas alfandegárias da administração de Donald Trump devem aumentar a inflação e acentuar as taxas de juro. Por sua vez, perante estes fenómenos, é mais difícil para os Estados captarem empréstimos e, para atrair investidores, tendem a colocar as taxas de juro a longo prazo mais elevadas – onde as seguradoras também investem.

Neste segundo trimestre, o rendimento líquido dos investimentos ajustado, ou seja, aquele que não tem em conta variações súbitas, foi de aproximadamente 1,7 mil milhões de dólares, mais 8%. Já a carteira de investimentos de juro fixo registou uma valorização de 5,1% e os novos investimentos tiveram uma valorização de 5,4%. Já fluxo de caixa atingir 3,2 mil milhões de dólares.

Já o valor contabilístico dos ativos da empresa por ação, excluindo os ativos intangíveis, como a marca, cresceu 23,7% em termos homólogos e 8% face ao trimestre anterior.

“Não vamos subscrever seguros abaixo de um preço adequado”

Olhando para os segmentos de seguros, o volume de prémios emitidos a nível global no segmento P&C, que exclui a agricultura, cresceu 5,8% e 6,4% em moeda constante. A faturação subiu 4,2% nos seguros comerciais e 11,9% nos seguros pessoais. Os prémios do ramo Vida cresceram quase 17,5%.

A seguradora admite haver mais concorrência em seguros P&C comerciais para grandes empresas nos Estados Unidos, o que está a levar a uma redução dos preços. “Nós, naturalmente, mantemos a disciplina e não vamos subscrever seguros abaixo de um preço adequado”, indicou o CEO.

Na América do Norte os prémios de seguros P&C cresceram 5,3%: 9,1% nos seguros pessoais e 4,1% nos comerciais. O segmento comercial teve um crescimento de seguros para novos negócios de 7% em termos homólogos, impulsionado pelo middle market e também pelas grandes contas. A taxa de renovação com base no número de apólices foi de 86%.

A nível global, os preços comerciais para P&C (excluindo linhas financeiras e compensação laboral) subiram 4,5%, com as taxas a aumentarem 1,6% e as mudanças de exposição em 2,9%. Os preços de propriedade caíram 2,5% e, nas grandes contas, caíram mais de 12%.

A Chubb opera em Portugal através da uma sucursal liderada por Duarte Carneiro, branch manager. Subscreve seguros de assistência em viagem profissional, seguros complementares de saúde e seguros de proteção de pagamentos. No ramo empresas cobre riscos ambientais, Responsabilidade civil, linhas financeiras, riscos ciber, corporate, transportes, danos materiais e ramos técnicos.