Setor automóvel cai mais de 3%. Bolsas europeias encerram em baixa após acordo comercial
Entusiasmo em torno do acordo comercial entre União Europeia e EUA foi desvanecendo ao longo da sessão. BMW, Mercedes e Volkwagen tombaram mais de 3%. Lisboa também caiu.
A sensação de alívio com o acordo comercial entre União Europeia e EUA deu lugar ao pessimismo nos mercados, com as bolsas europeias a fecharem a sessão desta segunda-feira em baixa, pressionada pelo setor automóvel.
Da BMW à Volkswagen, os principais fabricantes de carros do Velho Continente registaram perdas de mais de 3%, com os avisos de que o acordo irá tornar o setor menos competitivo.
O índice DAX alemão – com grande exposição à indústria automóvel – cedeu mais de 1%, enquanto CAC-40 e IBEX tiveram perdas de 0,43% e 0,16%, respetivamente. O Stoxx 600, que junta as 600 principais companhias europeias, caiu mais de 1%.
O entusiasmo dos investidores foi desaparecendo ao longo do dia, à medida que foram surgindo críticas ao acordo através do qual EUA irão aplicar uma tarifa de 15% sobre as importações europeias. Como em França, onde o primeiro-ministro considerou que se trata de “um dia negro” em que a Europa foi submissa. A ministra dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos pediu à Comissão para explorar mais negociações para melhorar o acordo alcançado este fim de semana na Escócia.
Por cá, o PSI caiu 0,44% para 7,672,94 pontos, com dez das 15 cotadas a fecharem abaixo da linha de água. A REN foi a que mais caiu: quase 2% para 3,00 euros. Entre os pesos pesados, a Jerónimo Martins cedeu 1,57% e o BCP, que apresenta resultados na quarta-feira, recuou perto de 1%.
Do lado positivo, a Mota-Engil avançou mais de 3% e a Galp subiu 0,63%.
Do outro lado do Atlântico, o acordo comercial entre EUA e UE também está longe convencer os investidores, apesar de ter reduzido a incerteza e evitado uma guerra comercial entre os dois blocos. O S&P 500 avança timidamente. Os olhos estão agora colocados nas negociações comerciais com a China.
No mercado cambial, o euro desliza mais de 1% para 1,16 dólares, com os receios de que o acordo irá prejudicar o crescimento da economia da moeda única.
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