Incêndios. Autarca de Ponte da Barca pede rapidez na recuperação de pastagens

  • Lusa
  • 26 Agosto 2025

Autarca em Ponte da Barca diz que é urgente recuperar pastagens para os animais, consumidas pelas chamas, e estabilizar as encostas para que as cinzas não afetem os ribeiros.

Populares observam o incêndio que lavra desde sábado na freguesia de Lourido, Ponte da Barca, 29 de Julho de 2025. HUGO DELGADO/LUSAHUGO DELGADO/LUSA

O presidente da União de Freguesias de Entre-Ambos-os-Rios, Ermida e Germil, em Ponte da Barca, pediu esta terça-feira rapidez na recuperação das pastagens para os animais, consumidas pelo fogo no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).

Em causa está o fogo, que deflagrou no dia 26 de julho em Ponte da Barca e foi dado como extinto a 4 de agosto. O incêndio consumiu uma área total de 7.550 hectares, sendo que a área do PNPG ardida é de 5.786 hectares.

Contactado pela agência Lusa, o autarca Francisco Lopes, que viu as aldeias de Ermida e Germil, cercadas pelas chamas, disse que a prioridade é avançar com as sementeiras.

“Neste momento, estamos, em pequenas quantidades, não tantas como desejaríamos a deitar feno no monte e algumas sementes de milho, centeio para as espécies selvagens sobreviverem; senão não vai ser fácil”, afirmou o autarca.

Francisco Lopes adiantou que “no relatório de estabilidade e emergência“, elaborado em conjunto com o Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF), o instituto “comprometeu-se a contratar ‘drones’ e a fazer uma sementeira mais extensiva”.

Outra das prioridades do levantamento feito é pôr em prática a estabilização das encostas para que as cinzas não afetem os ribeiros, sobretudo ‘habitat’ de trutas”.

Francisco Lopes

Presidente da União de Freguesia de Entre-Ambos-os-Rios, Ermida e Germil (Ponte da Barca)

“Ainda estamos a aguardar. A nossa expectativa é que essa sementeira fosse feita antes das primeiras chuvas, para que a forragem nascesse o mais rápido possível”, referiu.

Segundo Francisco Lopes, atualmente o trabalho de sementeiras é voluntário, garantido sobretudo por associações de caçadores e produtores de gado”.

Outra das prioridades do levantamento feito é pôr em prática a estabilização das encostas para que as cinzas não afetem os ribeiros, sobretudo ‘habitat‘ de trutas”, apontou Francisco Lopes.

O objetivo, explicou, é “espalhar palha nas encostas para fazer uma espécie de barreira para que as cinzas não cheguem aos rios e não prejudiquem a água para consumo humano existente na Albufeira de Touvedo”.

“Estava previsto arrancar de imediato, mas devido aos outros incêndios que assolam o país, [o ICNF] não tem pessoal disponível”, apontou Francisco Lopes.

O PNPG ocupa uma área de 69.596 hectares e abrange os distritos de Braga (concelho de Terras de Bouro), de Viana do Castelo (concelhos de Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca) e de Vila Real (concelho de Montalegre).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Incêndios. Autarca de Ponte da Barca pede rapidez na recuperação de pastagens

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião