Incêndios. Autarca de Ponte da Barca pede rapidez na recuperação de pastagens
Autarca em Ponte da Barca diz que é urgente recuperar pastagens para os animais, consumidas pelas chamas, e estabilizar as encostas para que as cinzas não afetem os ribeiros.

O presidente da União de Freguesias de Entre-Ambos-os-Rios, Ermida e Germil, em Ponte da Barca, pediu esta terça-feira rapidez na recuperação das pastagens para os animais, consumidas pelo fogo no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
Em causa está o fogo, que deflagrou no dia 26 de julho em Ponte da Barca e foi dado como extinto a 4 de agosto. O incêndio consumiu uma área total de 7.550 hectares, sendo que a área do PNPG ardida é de 5.786 hectares.
Contactado pela agência Lusa, o autarca Francisco Lopes, que viu as aldeias de Ermida e Germil, cercadas pelas chamas, disse que a prioridade é avançar com as sementeiras.
“Neste momento, estamos, em pequenas quantidades, não tantas como desejaríamos a deitar feno no monte e algumas sementes de milho, centeio para as espécies selvagens sobreviverem; senão não vai ser fácil”, afirmou o autarca.
Francisco Lopes adiantou que “no relatório de estabilidade e emergência“, elaborado em conjunto com o Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF), o instituto “comprometeu-se a contratar ‘drones’ e a fazer uma sementeira mais extensiva”.
Outra das prioridades do levantamento feito é pôr em prática a estabilização das encostas para que as cinzas não afetem os ribeiros, sobretudo ‘habitat’ de trutas”.
“Ainda estamos a aguardar. A nossa expectativa é que essa sementeira fosse feita antes das primeiras chuvas, para que a forragem nascesse o mais rápido possível”, referiu.
Segundo Francisco Lopes, atualmente o trabalho de sementeiras é voluntário, garantido sobretudo por associações de caçadores e produtores de gado”.
“Outra das prioridades do levantamento feito é pôr em prática a estabilização das encostas para que as cinzas não afetem os ribeiros, sobretudo ‘habitat‘ de trutas”, apontou Francisco Lopes.
O objetivo, explicou, é “espalhar palha nas encostas para fazer uma espécie de barreira para que as cinzas não cheguem aos rios e não prejudiquem a água para consumo humano existente na Albufeira de Touvedo”.
“Estava previsto arrancar de imediato, mas devido aos outros incêndios que assolam o país, [o ICNF] não tem pessoal disponível”, apontou Francisco Lopes.
O PNPG ocupa uma área de 69.596 hectares e abrange os distritos de Braga (concelho de Terras de Bouro), de Viana do Castelo (concelhos de Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca) e de Vila Real (concelho de Montalegre).
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