Montenegro diz que o Governo não tem “fantasmas” e critica quem procura descobrir perturbações

  • Lusa
  • 20 Julho 2025

O primeiro-ministro disse que não há "fantasmas" no governo e criticou os que "andam permanentemente a tentar descobrir perturbações", vincando que pretende apenas resolver os problemas das pessoas.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse que não há “fantasmas” no seu governo e criticou os que “andam permanentemente a tentar descobrir perturbações”, vincando que o executivo pretende apenas resolver os problemas das pessoas. “Nós não estamos no Governo para nos distrairmos com aquilo que os outros andam a dizer, com aquilo que os outros andam permanentemente a tentar descobrir como perturbações, como fantasmas nas vidas de todos nós“, avisou, reforçando: “Nós não temos fantasmas no nosso Governo. Nós temos pessoas. Nós temos problemas e queremos resolver.”

O primeiro-ministro e líder do PSD falava na festa anual da estrutura social-democrata da Madeira, na Herdade do Chão da Lagoa, localizada nas montanhas sobranceiras ao Funchal, considerado o maior evento partidário organizado na região, com a presença de milhares de pessoas e de todos os dirigentes regionais. “Nós não estamos no Governo à espera de descobrir papões, estamos no Governo para encontrar soluções para os problemas das pessoas”, afirmou.

Na sua intervenção, Luís Montenegro pediu confiança no projeto governamental, sublinhando que o executivo da AD vai continuar a criar mais riqueza, porque “a melhor maneira de combater a pobreza é criando riqueza”. “Precisamos de ter bons recursos humanos […] e precisamos também atrair e integrar bem os nossos imigrantes“, alertou, para logo atacar os críticos das políticas de imigração promovidas pelo executivo.

“Quando os outros olham para nós e veem que uma política de regulação e dignificação da imigração para eles significa ódio, eles não sabem a realidade que têm pela frente”, disse, reforçando: “E eles, que não sabem a realidade que têm pela frente, mostram que não estão ao nível de ter responsabilidade de governo em Portugal.”

Luís Montenegro considerou que a festa do PSD na Herdade do Chão da Lagoa é “única em Portugal”, vincando que se trata de um grande encontro da “família social-democrata” e uma “celebração da portugalidade”. “Nós, no PSD nacional, temos muito orgulho no PSD/Madeira e no que fez nos últimos 50 anos”, disse.

O primeiro-ministro prometeu, por outro lado, solução para alguns dos dossiês pendentes entre a República e região autónoma, liderada pelo PSD desde 1976, nomeadamente a revisão da lei das finanças regionais. “O Governo da República está empenhado em poder, com as regiões autónomas, trabalhar para termos uma lei de finanças regionais que dê previsibilidade e sustentabilidade às finanças regionais, para que haja condições de servir o povo das regiões autónomas“, disse.

O primeiro-ministro assegurou que o executivo nacional vai também continuar a cofinanciar o novo Hospital Central e Universitário do Funchal, uma maiores obras públicas do país atualmente em curso, orçada em mais de 340 milhões de euros.

Também garantiu que o executivo vai criar condições colocar em funcionamento uma plataforma digital para processar o reembolso do subsídio social de mobilidade.

Luís Montenegro sublinhou que o executivo PSD/CDS-PP é de “inspiração social-democrata” e “não deixa ninguém para trás”, apontando como exemplo a redução de impostos e o suplemento para os pensionistas. “A intenção do executivo não é eleitoralista, mas de justiça social”, argumentou.

 

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PCP pediu audiência ao Presidente da República sobre situação do país “preso por arames”

  • ECO
  • 20 Julho 2025

O secretário-geral do PCP criticou as prioridades do Governo quando problemas como os da saúde se agravam e disse que pediu uma audiência a Marcelo para falar sobre o país "preso por arames".

O secretário-geral do PCP criticou as prioridades do Governo quando problemas como os da saúde se agravam e disse que pediu uma audiência ao Presidente da República para falar sobre o país “preso por arames”. “Acabámos de ter o debate do Estado da Nação há poucos dias e ficou muito claro qual é o estado em que estamos, de um país preso por arames (…) Nesse quadro entendemos que tinha interesse um encontro com o senhor Presidente sobre a situação geral do país“, afirmou Paulo Raimundo aos jornalistas à margem de uma iniciativa da Juventude Comunista Portuguesa na Amora (município do Seixal).

Questionado sobre se abordará a lei dos estrangeiros, Raimundo disse que esse será um tema em conjunto com outros, destacando a saúde e recordando as urgências fechadas. “Hoje [domingo] estão sete urgências fechadas e a primeira coisa que o Governo decidiu fazer, na primeira oportunidade que teve, foi avançar com a lei da nacionalidade“, disse o líder do Partido Comunista Português (PCP), para quem a “prioridade do país está muito longe” dessa.

Questionado sobre a criação da Unidade de Coordenação para Emergências Hospitalares – que o Governo (PSD/CDS-PP) disse que vai avançar aproveitando uma ideia do PS -, Raimundo disse que pode ser importante mas que o que falta são medidas estruturais e que segue em curso “o processo de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde“. “O problema não é da coordenação, o problema é a falta de médicos, enfermeiros e técnicos“, vincou.

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Corretora Verspieren compra mediadora exclusiva Generali Tranquilidade

  • ECO Seguros
  • 20 Julho 2025

A corretora continua as aquisições com a Prova Distinta, uma mediadora exclusiva Generali Tranquilidade com sede na Maia. Os sócios Camilo Gonçalves, Hugo Campos e Luis Brito, transitam para a VCS.

A Vespieren Portugal (VCS) concluiu a aquisição de 100% do capital da Prova Distinta – Sociedade de Mediação de Seguros. A operação insere-se na estratégia de crescimento da corretora em Portugal, “reforçando a sua presença no território nacional e consolidando a aposta na proximidade, especialização e excelência técnica”, comentou a VCS.

Dia da assinatura da compra: Hugo Campos (Prova Distinta), Rogério Dias (CEO da VCS), Luis Brito (Prova Distinta), Anabela Azevedo (CFO da VCS), Camilo Gonçalves (Prova Distinta) e Paulo Almeida (Diretor Comercial Norte da VCS).

Fundada em abril de 2009, a Prova Distinta é uma mediadora exclusiva Generali Tranquilidade, tem sede na Maia, contando com uma loja na Faculdade de Medicina do Hospital de São João no Porto, onde foca nos profissionais e empresas de Saúde e ainda tem presença em São João de Madeira, na Sanjotec. Com uma carteira superior a 2,5 milhões de euros em prémios e mais de 3.000 clientes ativos, a empresa apresenta uma distribuição equilibrada entre os ramos Vida (cerca de 350 mil euros) e Não Vida (cerca de 2,2 milhões de euros), com menos de 50% da carteira concentrada nos segmentos de Automóvel e Acidentes de Trabalho.

A equipa, composta por seis profissionais, transita agora para a estrutura da Verspieren Portugal. Camilo Gonçalves, Hugo Campos e Luis Brito, anteriores sócios da empresa têm agora “um papel chave no desenvolvimento comercial da VCS, com foco em produtos estratégicos, suportados pela equipa existente, estratégia que a VCS tem seguido com a manutenção dos quadros de todas as sociedades adquiridas”, refere a VCS. Em 2023 a mediadora obteve cerca de 433 mil euros de faturação, um EBITDA de 42 mil e resultados líquidos de 17,5 mil euros.

Para Paulo Ferreira Almeida, Diretor Comercial Norte da Verspieren Portugal, “esta aquisição é um passo firme no reforço do nosso compromisso com a excelência”, concluindo que “esta união permitirá fortalecer a nossa presença em segmentos específicos, com soluções mais ajustadas, mais humanas e sempre orientadas para o cliente.”

No fim do primeiro semestre deste ano a VCS anunciou performances de crescimento superiores a 30%, contando já com 30 lojas próprias e mais de 100 colaboradores, trabalhando já em estreita colaboração com a Frank, nomeadamente “na melhoria de todos os processos administrativos na interação com o cliente de A a Z, e a selecionar outras empresas disruptivas que reforcem o posicionamento diferenciador”.

A VCS, que entretanto terminou o processo da sua penúltima aquisição, da mediadora Postura Distinta, iniciou este ano o processo de remodelação de todos os seus escritórios, contando com a colaboração do gabinete de arquitetura GRCA, procurando “criar um ambiente de loja confortável para colaboradores e clientes, visando transmitir a confiança e o profissionalismo do Grupo Verspieren”, conclui a corretora.

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Ex-líder da Lloyd’s troca Aon pela AIG

Até no anúncio da AIG, acreditava-se que John Neal iria liderar as soluções climáticas e resseguros da Aon, como anunciado. Mas, afinal, entra na liderança da AIG em dezembro.

A American International Group (AIG) anunciou a contratação de John Neal como presidente na companhia de seguros, afastando o antigo líder da Lloyd’s of London de uma anunciada função na Aon, avançou o Wall Street Journal (acesso pago).

John Neal, ex-CEO da Lloyd’s of London trocou a proposta para liderar as soluções climáticas e de resseguros na Aon pela oferta da AIG.

Neal vai assumir as novas funções a partir de 1 de dezembro e o vai liderar negócios de seguros comerciais na América do Norte, seguros comerciais internacionais e seguros pessoais globais. Passará a ser membro da equipa de direção executiva da AIG, respondendo perante o presidente e diretor-executivo Peter Zaffino, indicou a AIG.

Foi durante mais de seis anos diretor-executivo do maior mercado de seguros do mundo, tendo abandonado a Lloyd’s em janeiro deste ano. No mesmo mês – logo, antes do anúncio da AIG – a Aon anunciou que Neal se ia juntar à empresa a 1 de setembro enquanto presidente global de soluções climáticas e CEO global de resseguros. Até no anúncio da AIG, pensava-se que seria a sua próxima função. Em comunicado o presidente e CEO da Aon, Greg Case, disse que a empresa deseja a Neal muito sucesso no seu novo cargo.

A corretora Aon encontra-se numa fase de reajustamento da gestão das suas operações de resseguro com a promoção de quatro executivos.

Segundo a empresa, Steve Hofmann passará a ocupar o cargo de CEO da América para o setor dos resseguros, responsável pela América do Norte e América Latina, enquanto Alfonso Valera passará a ser o CEO internacional para o setor dos resseguros, responsável pelas regiões do Reino Unido, EMEA e APAC. Hofmann foi anteriormente CEO de resseguros dos EUA, enquanto Valera foi co-CEO da EMEA para resseguros.

Além disso, a Aon nomeou George Attard como líder global de estratégia para resseguros e Tomas Novotny como presidente internacional da divisão.

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Forward College, a escola que (quase) ninguém conhece e vai receber a infanta Sofia em Lisboa

A infanta Sofia, segunda filha do rei de Espanha, vai estudar um ano em Lisboa, numa escola internacional pouco conhecida, com um campus no Chiado e residência em Benfica.

Quando a Infanta Sofia, a segunda filha do Rei de Espanha, anunciou que vai fazer um curso superior de ciência política com passagem em Lisboa, Paris e Berlim, emergiu uma pergunta: Qual é a universidade portuguesa que vai receber um membro da família real espanhola. A escola em causa é privada, chama-se Forward College, faz parte de um grupo internacional ligado à London School of Economics (LSE), e tem o seu campus num edifício histórico na Rua das Flores, no Chiado e a residência estudantil em Benfica.

 

A instituição foi fundada em 2021 por três gestores com experiências diversas – Boris Walbaum, Céline Boisson e Jeffrey Sampson. O fundador e presidente, Walbaum, identifica na brochura de apresentação da escola que a sua fundação resultou da necessidade de responder a três lacunas:

  1. A lacuna da relevância A rápida aceleração das mudanças no mercado de trabalho gerou a necessidade de novas competências — em particular competências digitais e interpessoais — que não são ensinadas de forma sistemática pela maioria das Instituições de Ensino Superior (IES).
  2. A lacuna da eficácia Nos últimos anos, tornou-se evidente que a sala de aula tradicional está desfasada das necessidades dos estudantes e da sua forma de aprender. É mais do que tempo de alinhar os métodos de ensino com os avanços recentes das ciências pedagógicas e psicológicas.
  3. A lacuna da aspiração Os estudantes já não procuram simplesmente atingir a excelência pelo valor da excelência em si, mas sim encontrar um sentido mais profundo para o seu percurso. Procuram definir, por si próprios, os parâmetros do sucesso, desejam fazer uma diferença duradoura, envolver-se em projetos reais e explorar ativamente o seu sentido de responsabilidade e capacidade de agir.

De que forma a escola se propõe responder a estes ‘gaps’? Com uma “visão holística”, anuncia a escola no seu site, envolvendo dimensões congnitivas, emocionais, sociais e práticas.

Segundo revelou a CNN Portugal, “cada curso custa pelo menos, 18.500 euros. A infanta frequentará o curso em inglês, embora com disciplinas opcionais em português, francês e alemão. Partilhará o campus com jovens de cerca de 40 nacionalidades, mas as aulas são dadas em pequenos grupos, com turmas de até 15 alunos e até com algumas aulas individuais. A primeira turma, em setembro de 2021, era composta por 28 estudantes vindos de 12 países europeus, escolhidos entre as 450 candidaturas que a escola diz ter recebido“.

A infanta Sofia será uma das alunas do próximo ano letivo, os seguintes serão feitos na mesma escola em Paris e em Berlim, mas as inscrições estão ainda abertas.

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Imigração? “PR vai exercer o papel que a Constituição lhe confere”

  • Lusa
  • 20 Julho 2025

Luís Montenegro afirma que Marcelo vai exercer o papel que a Constituição lhe confere no âmbito da lei da imigração e reafirmou que o diálogo com a oposição "não inclui nenhum acordo de governação".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que o Presidente da República vai exercer o papel que a Constituição lhe confere no âmbito da lei da imigração e reafirmou que o diálogo com a oposição “não inclui nenhum acordo de governação”. “O Presidente da República vai fazer uma avaliação [da lei da imigração], uma ponderação, que é simultaneamente política e jurídica e vai exercer os seus poderes que a Constituição lhe confere“, afirmou.

Luís Montenegro falava aos jornalistas à chegada à Herdade do Chão da Lagoa, localizada nas montanhas sobranceiras ao Funchal, onde hoje decorre a festa anual do PSD/Madeira, considerado o maior evento partidário organizado na região, com a presença de milhares de pessoas.

O primeiro-ministro, também líder da estrutura nacional do PSD, assegurou que o executivo está disponível para negociar com todos os partidos, mas isso “não inclui nenhum acordo de governação permanente”.

Inclui capacidade de aproximação em todos os diplomas com todos os partidos que estejam disponíveis”, esclareceu, realçando: “Evidentemente que nós sabemos que há muitas matérias em que o Partido Socialista tem alguma proximidade de posições connosco e depois há outras matérias em que o Partido Socialista tem alguma teimosia relativamente às posições que assumiu durante oito anos da governação“.

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“Desperdiçamos 12 piscinas olímpicas de água por hora”

  • Lusa
  • 20 Julho 2025

Portugal continental tem perdas de água anuais que dariam para abastecer o país por três meses, cerca de 180 milhões de metros cúbicos, o que equivale a desperdiçar 12 piscinas olímpicas por hora.

Portugal continental tem perdas de água anuais que dariam para abastecer o país por três meses, cerca de 180 milhões de metros cúbicos, o que equivale a desperdiçar 12 piscinas olímpicas por hora. “É aquela água que estou a captar, a tratar, a bombar para o reservatório e a mandar para a casa das pessoas e que se perde“, diz o presidente da Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente (AEPSA), Eduardo Marques, que representa 45 associados, 20 mil trabalhadores e uma faturação anual de 1,2 milhões de euros.

Em entrevista à Lusa, o responsável considera que é necessário aumentar as tarifas da água, um setor que se habituou aos subsídios, defende que em termos gerais o valor da agua é baixo, e fala das ineficiências do setor, desde logo as perdas de água de consumo, cerca de 27%.

Aos dados sobre as perdas (nas condutas, ramais ou reservatórios), que são públicos, Eduardo Marques deixa ainda outros números: as concessões privadas, que servem 20% da população, têm uma média muito inferior de perdas, cerca de 13%. Nas contas do dirigente, se todo o país tivesse a mesma eficiência que o setor privado poupavam-se 90 milhões de metros cúbicos de água, o equivalente a um reservatório com uma base igual a um campo de futebol e com nove quilómetros de altura.

Um dos motivos para as perdas prende-se com as más condições das infraestruturas, mas segundo o responsável o país está a reabilitar um oitavo do que devia. “Na privada não, que somos obrigados a reabilitar de acordo com os contactos, mas estamos por todo o país a transitar para gerações futuras uma grande responsabilidade de investimento“.

Eduardo Marques acrescenta que a reabilitação de ativos tem de ser feita “nos períodos corretos”, e admite que é o tipo de investimento que “não dá votos”, porque são tubos escondidos debaixo da terra, pelo que “há normalmente uma tendência para arrastar esse tipo de investimento no tempo”.

Com cada vez menos chuva, com previsões de a situação se agravar, diz o responsável que, em matéria de água, “o país tem a obrigação de ser mais eficiente”. E essa eficiência, assegura, não passa apenas por dessalinizadoras, por mais barragens, passa essencialmente por reduzir perdas.

O que podemos poupar nas redes públicas é superior à capacidade da dessalinizadora, e não são precisos grandes investimentos. Há uma ideia errada de que só se consegue poupar nas perdas de água com reposição de condutas, mas é errado. Com gestão eficiente consegue-se reduzir as perdas a curto prazo“, diz.

É por isso que na proposta do Governo para o setor, “Água que Une”, critica os grandes investimentos previstos na reparação de condutas. Mas acrescenta que são precisos muitos fundos para o setor, para investimentos que não se podem adiar, porque “sem água não se vive”. “Se não tiver dinheiro, não sou eficiente, estou a gastar mais água, estou a prejudicar o ambiente, temos de conjugar as duas coisas“, avisa o presidente da AEPSA, uma associação de empresas portuguesas do setor do ambiente, da água à gestão de resíduos.

Questionado pela Lusa, o responsável disse não concordar em geral com o plano de eficiência hídrica do Algarve apresentado pelo Governo, que insiste na reabilitação de condutas e menos na boa gestão, e que insiste no aproveitamento das águas das ETAR quando tal nem sempre é viável. O que é fundamental, sintetiza, é acabar com as tarifas politizadas, é aumentar a concorrência no setor, é ter sistemas eficientes, seja no abastecimento público urbano seja na agricultura.

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SNS prevê sete urgências hoje encerradas, a maioria de Ginecologia e Obstetrícia

  • Lusa
  • 20 Julho 2025

Seis urgências de Ginecologia e Obstetrícia e uma de Pediatria vão estar encerradas este domingo continental, de acordo com as escalas publicadas no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Seis urgências de Ginecologia e Obstetrícia e uma de Pediatria vão esta encerradas este domingo em Portugal continental, de acordo com as escalas publicadas no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Segundo os dados consultados pela agência Lusa às 20:00 de sábado, no Hospital de Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa) vão estar encerradas a urgência pediátrica e a urgência de Ginecologia e Obstetrícia.

No distrito de Setúbal, fica fechado o atendimento no serviço de urgência de Ginecologia e Obstetrícia nos hospitais Garcia de Horta (Almada) e São Bernardo (Setúbal).

Igualmente encerrados estarão os serviços de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Distrital de Santarém, no Hospital Infante Dom Pedro (Aveiro) e Hospital de Santo André (Leiria).

As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contacte a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.

Na sexta-feira, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse que o plano de emergência para a saúde, apresentado há um ano, estava a ter resultados, referindo que há menos urgências fechadas do que em 2024.

Há hoje menos urgências fechadas e mais urgências abertas” e no caso da Península de Setúbal, em Obstetrícia, “até ao momento, neste mês de julho não houve nenhum encerramento”, afirmou o governante, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros. Contudo, no dia 9 de julho, o Hospital do Barreiro (distrito de Setúbal) suspendeu o funcionamento do Serviço de Urgência de Obstetrícia e Bloco de Partos durante 10 dias e este fim de semana de 19 e 20 de julho a urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta (Almada) vai estar encerrada.

No caso deste hospital em concreto, em Almada, o governo espera que as urgências estejam abertas “em permanência todos os dias do ano, 24 horas por dia” a partir de setembro.

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Mariana Leitão eleita presidente da Iniciativa Liberal com 73% dos votos

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

Mariana Leitão foi eleita como nova líder da Iniciativa Liberal, com 73% dos votos e 27% de abstenção, tornando-se na quinta presidente do partido e na primeira mulher a ocupar o cargo.

Mariana Leitão foi eleita este sábado como nova líder da Iniciativa Liberal, com 73% dos votos e 27% de abstenção, tornando-se na quinta presidente do partido e na primeira mulher a ocupar o cargo.

Mariana Leitão sucede assim a Rui Rocha, que ocupou o cargo entre 2023 e 2025 e que tinha anunciado a demissão da liderança em 31 de maio, por considerar que o resultado obtido pela IL nas eleições legislativas tinha sido insuficiente.

Quando a vitória de Mariana Leitão foi anunciada no pavilhão de Alcobaça onde está a decorrer a X Convenção Nacional da IL, alguns militantes do partido bateram palmas e agitaram bandeiras, mas mantiveram-se sentados.

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Cotrim disponível para ser candidato presidencial

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

O eurodeputado João Cotrim Figueiredo está disponível para ser candidato presidencial, mas ressalvou que a decisão "não está tomada" e depende do apoio de outras entidades além da IL.

O eurodeputado João Cotrim Figueiredo revelou estar disponível para ser candidato presidencial, mas ressalvou que a decisão “não está tomada” e depende do apoio de outras entidades além da IL, que não especificou. Em declarações aos jornalistas no pavilhão onde está a decorrer a X Convenção Nacional da IL, em Alcobaça, Cotrim Figueiredo foi questionado se tenciona candidatar-se à Presidência da República, após ter dito num discurso que está disponível para “todas as batalhas” e ter ouvido apelos para que avance com uma corrida a Belém.

Eu não tomei a decisão de me candidatar. Tomei a decisão de estar disponível e agora há contactos que se tornam possíveis de fazer, que até aqui não eram possíveis, e que me vão permitir chegar a uma decisão final em breve“, respondeu o também líder da IL entre 2019 e 2023.

Questionado sobre o que é que irá pesar na sua decisão de avançar ou não com uma candidatura presidencial, Cotrim Figueiredo respondeu: “Sem querer revelar muito, a minha ideia é não fazer uma campanha muito parecida com outras que já houve”. “Isso exige disponibilidade de outras entidades para fazerem esse caminho comigo“, frisou.

Interrogado se bastará que a próxima líder da IL, Mariana Leitão, diga que o partido vai apoiar a sua candidatura para decidir avançar, Cotrim Figueiredo respondeu: “Não, eu suponho que esse apoio será natural”. “Não é disso que eu dependo, é de outros contactos e de outras disponibilidades que eu dependo”, afirmou, referindo que já falou com Mariana Leitão sobre o assunto e, questionado se foi desafiado pela futura líder da IL que decidiu manifestar a sua disponibilidade, disse que foi “algo simultâneo”.

Sobre se uma eventual candidatura presidencial não mostra uma IL dependente da sua figura, Cotrim Figueiredo respondeu que tem a certeza de “que haverá quem vá ler isso assim”.

“Também gostava que houvesse alternativas que pudessem assegurar o mesmo tipo de resultados eleitorais, mas posso, sem falsas modéstias, dizer que neste momento não existem”, considerou.

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Concentração de motos de Faro gera mais de 3 milhões de euros. Veja aqui fotos do evento

“Concentração de motos tem importância vital para Faro”, diz presidente da câmara, secundado pelo congénere do Turismo do Algarve. Novo líder do motoclube apresenta novidades ao ECO/Local Online.

A única concentração de motos nacional certificada internacionalmente volta a atingir o marco das 20 mil pessoas, com mais de 8.000 motos concentradas no tradicional terreno junto ao aeroporto de Faro. O evento começou na passada quinta-feira e tem final marcado para as ruas da capital algarvia com o desfile de milhares de motos na manhã de domingo. A 43.ª edição da concentração, segundo estimativa da autarquia e da organização, superará os três milhões de euros – com os bilhetes unitários de 65 euros e a nova modalidade de entrada válida apenas para quinta-feira, e que levou milhares de pessoas extra-concentração ao recinto.

43ª Concentração motard em Faro - 18JUL25
Com cerca de 20 mil pessoas no recinto da Concentração Internacional de Motos de Faro e cada entrada vendida por 65 euros, a bilheteira atinge os 1,3 milhões de euros, valor a que há a somar as novas entradas de um dia, válidas apenas para quinta-feira, com um preço simbólico de cinco eurosHugo Amaral/ECO

“A concentração tem para nós uma importância vital, tanto pela notoriedade, que traz pessoas de todos os continentes há muitos anos, como a nível económico, com mais de 30 mil pessoas no nosso concelho e nos limítrofes”, diz ao ECO/Local Online o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau.

Organizado pela primeira vez em 1982, a concentração teve então 200 participantes, número que representa menos de um quinto das pessoas que este ano constituem a equipa, que inclui forças de segurança e técnicos de saúde no hospital de campanha montado no recinto.

“Se das 20 mil pessoas que estão dentro do recinto, cada uma gastar 100 euros, são dois milhões de euros num fim-de-semana, um valor calculado por baixo”, diz o autarca.

A estadia não tem duração igual para todos os participantes, mas só na quinta-feira e na manhã de sexta-feira já tinham sido vendidas mais de 10.000 entradas. Ao final da tarde de sexta-feira já eram 17 mil as entradas vendidas.

Apoiamos a concentração do ponto de vista financeiro, para fazer face a alguns custos logísticos da organização, mas acima de tudo, alavancamos do ponto de vista promocional o evento porque sabemos que é bastante relevante para alguns dos nossos principais mercados.

André Gomes

Presidente do Turismo do Algarve

O montante considerado por Rogério Bacalhau deverá ser repartido por restauração, hotelaria e alojamento local para os que não optam por acampamento, combustível para cerca de 8.000 motos, taxas aeroportuárias pagas pelos que chegam de avião – alguns dos quais alugam moto à chegada –, milhares de artigos de merchandising e equipamento para motos à venda nas dezenas de bancas da feira.

A estes há que somar cerca de 1,5 milhões de euros em bilheteira, seja na entrada de cerca de 20 mil pessoas com custo unitário de 65 euros (com direito a acampamento) e validade para quatro dias, seja na nova modalidade apenas para visitantes na quinta-feira, com um valor de cinco euros. Sem especificar quantos destes bilhetes vendeu, a organização dá nota de que estiveram 21.500 pessoas a presenciar os concertos de quinta-feira, sendo que aqueles que haviam chegado para os quatro dias ainda não chegavam aos 10 mil.

Criado este ano, o bilhete de um dia gerou uma aceitação entre a população de Faro e de concelhos limítrofes que justifica a sua manutenção para próximas edições, diz Pedro Baptista, que este ano assume pela primeira vez a direção do evento, após ter substituído em novembro o primeiro e até aqui único presidente do Motoclube de Faro, José Amaro.

Há situações caricatas, pessoas que vêm totalmente equipadas, inclusive há quem traga o capacete, vêm de avião e no domingo ou segunda voltam para casa.

Rogério Bacalhau

Presidente da Câmara Municipal de Faro

O volume de negócios gerado pela concentração internacional de motos, que se realiza em Faro desde 1982, nunca foi devidamente calculado, e será precisamente em 2025 que a organização promoverá esse estudo pela primeira vez, assegura Pedro Baptista.

Mas mesmo ainda sem esse estudo mais fino, a análise dos responsáveis do turismo da região é francamente positiva. “Durante a concentração, há um crescimento efetivo na ocupação hoteleira”, nota André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, e não só na cidade que empresta o nome ao evento. “Até porque Faro não é dos concelhos onde temos mais oferta do ponto de vista hoteleiro, mas num conjunto de concelhos à volta da concentração, nomeadamente aqueles que são mais próximos, Loulé, Olhão, Albufeira”, conta André Gomes.

43ª Concentração motard em Faro - 18JUL25
43ª Concentração motard em FaroHugo Amaral/ECO

Entre as novidades deste ano está a candidatura a fundos do Turismo de Portugal – ainda a decorrer – e, para 2026, poderá estar aquela que seria a solução há muito procurada para o terreno privado onde decorre o evento e que, ao longo dos anos, tem motivado dúvidas relativas à viabilidade de presença do evento na edição seguinte. A situação no Vale das Almas “está mais ou menos ultrapassada.

“O município está a trabalhar para que o espaço possa ser um parque urbano”, a enquadrar com o parque natural da Ria Formosa, explica o autarca de Faro, que dentro de três meses terminará o seu terceiro e último mandato à frente da câmara da capital algarvia.

Com essa valência, terminam quaisquer hipóteses construtivas nos hectares ocupados pela concentração, e onde o motoclube trata, ao longo do ano, da limpeza, poda e plantação de árvores, nota o autarca.

Antigamente era um luxo viajar de avião, hoje, face ao preço dos bilhete, luxo é viajar de carro ou de moto

Pedro Baptista

Presidente do Motoclube de Faro

Rogério Bacalhau conhece bem esta que é a única concentração de motos portuguesa certificada pela entidade internacional de motociclismo. “Há muitas pessoas que vêm do estrangeiro de avião, chegam ao aeroporto e vão para a concentração, que fica a 500 metros”, conta.

“Há situações caricatas, pessoas que vêm totalmente equipadas, inclusive há quem traga o capacete, vêm de avião e no domingo ou segunda voltam para casa”, descreve o autarca.

Um modo de chegar à concentração que Pedro Baptista resume assim: “Antigamente era um luxo viajar de avião, hoje, face ao preço dos bilhete, luxo é viajar de carro ou de moto“. Ainda assim, nota, continuam a chegar motociclistas de Inglaterra, da Alemanha e de França.

A edição deste ano tem a particularidade de fazer parte de um calendário de 55 eventos patrocinados pelo Turismo do Algarve, entidade que celebra precisamente 55 anos. “Apoiamos a concentração do ponto de vista financeiro, para fazer face a alguns custos logísticos da organização. Mas acima de tudo alavancamos, do ponto de vista promocional, o evento porque sabemos que é bastante relevante para alguns dos nossos principais mercados”, diz André Gomes, presidente da entidade. Entre esses, Espanha e o Reino Unido, explica.

Ainda assim, desde o Brexit, a presença de britânicos teve uma redução, diz Pedro Baptista. Um dos meios para tentar inverter esta situação será a elaboração do cartaz do evento de 2026 até ao outono, de modo a permitir a marcação atempada, pormenoriza o presidente do Motoclube de Faro.

Ponto onde o presidente do motoclube e o líder do Turismo do Algarve não coincidem é na perspetiva de se poder “vender” a concentração internacional de motos como um festival de verão.

43ª Concentração motard em Faro - 18JUL25
Pedro Baptista, presidente do Motoclube de FaroHugo Amaral/ECO

A concentração também tem essa vertente de festival de música, havendo até a possibilidade de não motards entrarem no recinto e assistirem a esses concertos”, diz André Gomes. “É todo um impacto que gera não só naqueles que vêm de fora para participar especificamente na concentração, mas também nos próprios residentes e locais da região que já veem na concentração aquilo que também é a oferta do cartaz musical”.

Quem não quer ir em cantigas, apesar de apresentar no cartaz algumas bandas com notoriedade, como The Black Mamba, Moonspell ou os The Waterboys, é o presidente do motoclube: “Isto não é comparável com um festival de verão. Pode ter algumas semelhanças, mas a concentração nunca será festival de verão. Enquanto eu cá estiver, isto vai ser sempre só uma concentração, nunca será festival de verão”.

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Carneiro desafia (outra vez) Montenegro a dizer a verdade sobre acordos com Chega

  • Lusa
  • 19 Julho 2025

O secretário-geral do PS considera que "só mesmo o primeiro-ministro pode dizer que está a dizer a verdade sobre eventuais acordos entre o Governo e o Chega que agora tenta "a todo o custo" negar.

O secretário-geral do PS considerou este sábado que “só mesmo o primeiro-ministro pode dizer que está a dizer a verdade sobre eventuais acordos entre o Governo e o Chega que agora tenta “a todo o custo” negar. “Há muito tempo que não tínhamos um ministro a desmentir o primeiro-ministro. Na entrevista do ministro dos Assuntos Parlamentares, o doutor Carlos Abreu Amorim, por quem tenho muita estima, disse a verdade. Disse que, de facto, havia um acordo com o Chega, que agora, a todo custo, estão a tentar negar“, disse, em Baião, no distrito do Porto, José Luís Carneiro.

Confrontado com as declarações de Carlos Abreu Amorim à Rádio Observador, o líder socialista disse que “só mesmo o primeiro-ministro pode responder à questão sobre por que é que há um ministro que desmente o primeiro-ministro“. “É preciso perguntar ao primeiro-ministro quem fala a verdade. Se é o primeiro-ministro que disse no parlamento que não havia acordo, ou se é o ministro dos Assuntos Parlamentares que hoje disse que havia acordo”, referiu.

Em entrevista ao Observador, Carlos Abreu Amorim admitiu que houve um acordo de princípio entre o Governo e o Chega na imigração e no IRS e que também estão a conversar sobre o regime jurídico do Ensino Superior, isto depois de Luís Montenegro ter dito que não sabia do que se tratava o “acordo de princípio” revelado por André Ventura.

Sobre este tema, José Luís Carneiro não quis alongar-se nos comentários, preferindo garantir que “o PS, a cada crítica apresentará propostas alternativas para mostrar que está preparado para servir o país em todas as áreas do desenvolvimento”.

À margem da apresentação da candidatura de Paulo Pereira à Câmara Municipal de Baião, o secretário-geral do PS rejeitou responder à pergunta sobre se sente que o PS está a ficar para trás do Chega no plano das negociações com o Governo.

“Não queria comparar aquilo que é incomparável. Nós estamos muito para a frente, porque estamos aqui desde antes do 25 de Abril (…). Nós dissemos ao primeiro-ministro que queríamos ser uma oposição firme, responsável e alternativa. E é isso que nós procuraremos ser. A cada crítica apresentar soluções alternativas”, concluiu.

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