“Um governo-sombra não é uma caderneta de cromos para disfarçar a falta de ideias”, diz Jorge Moreira da Silva
Jorge Moreira da Silva apenas apresenta a composição do seu governo-sombra, a 4 de julho, caso vença as eleições, e admite que só querer ser eleito caso as pessoas gostem das suas ideias.
O candidato à presidência do PSD, Jorge Moreira da Silva, caso vença as eleições, tenciona apresentar o seu governo-sombra ao congresso no dia 4 de julho, disse em entrevista ao Diário de Notícias, esta sexta-feira. Questionado quanto à composição deste governo, Moreira da Silva defendeu não ver a política como “uma caderneta de cromos” em que são apresentados nomes “para disfarçar a falta de ideias”.
Para o antigo diretor da Cooperação para o Desenvolvimento na OCDE, é evidente a importância da apresentação de apoios “no aparelho ou fora dele”, no entanto, Moreira da Silva recusa-se a fazê-lo. “Não entro nisso”, diz o candidato que confessa só querer ser eleito caso as pessoas gostem das suas ideias. Sem avançar nomes, Moreira da Silva sublinhou apenas que esta será a primeira vez que Portugal terá um governo-sombra “à inglesa”, ou seja, “uma estrutura que não se limita a refletir ou a ser responsável por algumas áreas”, esclarece.
Depois de avançar na passada quarta-feira que “na casa do PSD não cabem racistas xenófobos e populistas”, o candidato mantém que não pode existir qualquer tipo de relacionamento com forças extremistas e populistas, mas garante que nunca irá lidar com esses eleitores de forma desrespeitosa. Questionado quanto à rejeição de qualquer diálogo com o Chega e potencial diálogo com a Iniciativa Liberal (IL), Moreira da Silva alegou ser “completamente diferente”. Para o candidato, apesar das diferenças entre si, tanto a IL como o CDS representam partidos com os quais o PSD consegue ter um diálogo. “Não confundo o Chega com os eleitores do Chega”, garante Moreira da Silva, que é da opinião que muitos dos eleitores do partido “foram ao engano”, e se trata de um voto de protesto.
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