A transparência como pilar estratégico das empresas
Rita Almeida, diretora Comercial Mediação Tradicional da Liberty Portugal & Irlanda, fala na importância da proximidade e da confiança no relacionamento dos mediadores profissionais com os segurados.
A democratização do acesso à informação, cada vez mais veloz, veio dar aos consumidores um poder nunca visto até agora, capacitando-os de ferramentas que lhes permitem alcançar os dados de que necessitam onde e quando quiserem. Este fácil acesso também lhes confere uma maior simplicidade na comparação de informação, dotando-os de mais conhecimento do que nunca para a tomada de decisão e, consequentemente, tornando-os mais exigentes.
Para nós, seguradoras, a transparência já não pode, por isso, ser apenas um valor enquanto empresa, mas tem de integrar a estratégia de negócio como condição sine qua non da nossa existência.
No mais recente estudo Flexi realizado pela Kantar para a Liberty Seguros, a “responsabilidade e transparência” do setor segurador foram dos fatores apontados que mais influenciam na decisão de compra de um seguro em Portugal: 39% responderam que a “responsabilidade e transparência” influenciam a decisão e 25% consideraram que estas influenciam muito – mais de 60% do total das respostas. O “compromisso da seguradora para com a sociedade e as comunidades” representa uma grande influência apenas para 12% dos consumidores, ao passo que 26% consideram que este critério influi na opção de compra de um seguro. Já o “compromisso da seguradora para com o ambiente e a luta contra as alterações climáticas” influencia ainda apenas 11% ou 23% dos consumidores, respetivamente.
As conclusões deste inquérito, cujas respostas foram recolhidas entre janeiro e fevereiro deste ano de uma amostra de 500 pessoas, são ilustrativos de como a transparência é, hoje, um pré-requisito na contratação de um seguro – algo que sempre levantou dúvidas do lado dos consumidores, pela complexidade inerente à subscrição de um seguro, mas que é tão fulcral para compreender as coberturas e exclusões que estes referem.
É por isso que temos vindo a contribuir com diversas iniciativas pedagógicas para a mudança da perceção atual dos consumidores face aos seguros, uma vez que a maioria encara como algo que é obrigatório em determinadas situações, não olhando para os mesmos como produtos prioritários para a proteção e manutenção da estabilidade das suas vidas, famílias e do seu património pessoal ou empresarial. Daí que a proximidade e a confiança no relacionamento com os mediadores profissionais ajudam a desmistificar os diferentes produtos e serviços disponíveis. Devemos gerir convenientemente a expectativa dos nossos Clientes.
Fomentar a literacia sobre seguros e melhorar a perceção geral de todo o setor em que estamos inseridos é, sem dúvida, uma prioridade. Tal como apostar na formação e desenvolvimento de equipas comerciais e mediadores para fazer a diferença no mercado. Vender proteção é uma enorme responsabilidade e há que confiar no valor das pessoas, dos produtos e serviços para poder entregar de forma transparente uma oferta diferenciadora e que acrescenta valor.
A transparência e esclarecimento do consumidor gera confiança e só com confiança o negócio segurador prospera e assegura que as necessidades dos consumidores são verdadeiramente supridas. Devemos por isso, continuar a ser uma parte ativa na perceção da necessidade de uma maior transparência e clareza por parte das seguradoras e, assim, proporcionar a melhor experiência aos consumidores deste novo paradigma.
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