Sonae vai pagar melhor e mais cedo a fornecedores com práticas sustentáveis
Solução “pioneira” a nível ibérico, acordada com Santander, permite a fornecedores do Continente, Worten, MO e Zippy antecipar faturas em melhores condições, indexadas a critérios de sustentabilidade.
Os fornecedores da Sonae já podem fazer a antecipação de faturas, ao abrigo dos acordos que tem com várias instituições financeiras com o objetivo de facilitar a gestão de tesouraria. A partir de agora, um novo protocolo de confirming vai “garantir, adicionalmente, que aqueles que apresentem um bom desempenho em indicadores ESG [ambientais, sociais e de governo corporativo] obtenham ainda melhores condições”.
Esta solução “pioneira na Península Ibérica” na antecipação dos recebimentos, acordada com o Banco Santander Portugal no valor de 50 milhões de euros e anunciada esta quarta-feira, promete “condições mais vantajosas” para os fornecedores e é descrita como um incentivo financeiro para boas práticas de sustentabilidade na cadeia de abastecimento do grupo nortenho, que no global representou cerca de 5,6 mil milhões de euros em 2021.
O acordo vai beneficiar inicialmente os fornecedores do Continente, da Worten, da MO e da Zippy. A classificação de desempenho ESG dos fornecedores, explica a Sonae num comunicado de imprensa, será feita de forma independente com apoio da EcoVadis, apresentada como uma plataforma global líder na avaliação da performance de sustentabilidade de empresas.
Este protocolo de confirming com base em critérios ESG é uma forma de premiar o trabalho [ao nível da sustentabilidade] e reconhecer financeiramente as melhores práticas.
“Vemos os fornecedores como parceiros com quem percorremos um caminho comum, nomeadamente na implementação de formas sustentáveis de utilização dos recursos e na promoção de soluções inovadoras para os desafios ambientais e sociais que, juntos, enfrentamos na cadeia de valor. Este protocolo de confirming com base em critérios ESG é uma forma de premiar esse trabalho e reconhecer financeiramente as melhores práticas”, declara João Dolores, diretor financeiro (CFO) da Sonae.
A Efanor Investimentos SGPS, a holding da família Azevedo que é a maior acionista do grupo Sonae, vai ser transformada em Sociedade Anónima Europeia. A alteração do estatuto legal para dar “estabilidade” a negócios e investimentos no estrangeiro deve estar concluída até ao final do primeiro semestre, com fonte oficial a garantir ao ECO que esta operação “não tem qualquer implicação ou benefício fiscal”.
Em 2021, ano em que a remuneração de Cláudia Azevedo subiu para 1,6 milhões de euros, a Sonae registou lucros de 268 milhões, o montante mais elevado em oito anos, fruto de um crescimento homólogo de 45,6%. As vendas consolidadas do grupo sediado na Maia subiram 5,3% e atingiram um novo valor recorde no último exercício, ultrapassando os sete mil milhões de euros.
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