Quartos de hotel em Portugal já estão mais caros do que antes da pandemia

Março contou com 1,6 milhões de hóspedes, um número acima do registado no período homólogo. Preço médio por quarto foi de 74,3 euros, superando os números de 2019.

Os alojamentos turísticos nacionais receberam 1,6 milhões de hóspedes em março, o que representa um aumento de 464% face ao mesmo mês de 2021, mas ainda abaixo dos números de 2019, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Apesar disso, o preço médio por quarto ocupado superou o registado no período pré-pandemia — 74,3 euros em março de 2021.

No terceiro mês do ano, os alojamentos turísticos nacionais receberam 1,6 milhões de hóspedes, num total de quatro milhões de dormidas. Estes números representam disparos homólogos de 464% e 523,5%, respetivamente. Mas, apesar de evidenciarem uma recuperação face ao ano passado, continuam abaixo dos níveis de 2019. Comparando com março desse ano, o número de hóspedes caiu 15,3% e o número de dormidas desceu 12,7%.

Numa análise mais fina, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas, enquanto as dormidas dos hóspedes internacionais totalizaram 2,7 milhões. No mercado internacional, os britânicos dominaram em número de hóspedes, seguindo-se os alemães e os franceses.

No que toca às localizações mais procuradas, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 30,1% das dormidas em março, seguida do Algarve (21,8%), Norte (16,7%) e da Madeira (14,2%), refere o INE. Comparando com março de 2019, todas a regiões apresentaram diminuição do número de dormidas, com realce para a evolução no Algarve (-18,8%) e Lisboa (-16,2%), diz o INE.

Em março, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,55 noites) aumentou 14%. A estada média dos residentes (1,81 noites) decresceu 5,8% e a dos não residentes (3,17 noites) diminuiu 16,4%.

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (33,4%) aumentou 23,3 pontos percetuais, diz o INE. Em março, os proveitos do setor atingiram 233,9 milhões de euros, no total e 168,8 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com março de 2019, os
proveitos totais e os relativos a aposento decresceram 5,8%.

Por sua vez, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 31,3 euros em março, tendo aumentado 324,3% (+318,9% em fevereiro). Face a março de 2019 (33,7 euros), o RevPAR diminuiu 7,4%. Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (50,2 euros) e RA Madeira (45,7 euros).

(Notícia atualizada às 11h27 com mais informação)

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