Táxis com bandeirada mais curta a partir de 1 de junho
Novas tarifas reduzem metros e segundos por cada fração, independentemente das tarifas. Transporte de bagagem e de animais domésticos mantém preços na primeira revisão de tabela desde 2013.
Andar de táxi vai ficar mais caro a partir de 1 de junho. As viagens neste meio de transporte vão custar, em média, mais 8,05%, na primeira mexida das tarifas desde janeiro de 2013. Mas olhando em rigor para as novas tabelas, as subidas são mais expressivas.
Comecemos pela bandeirada, isto é, o preço mínimo que cada passageiro paga por uma viagem neste meio de transporte. Na nova tarifa, cada deslocação continuará a custar pelo menos três euros e 25 cêntimos – para serviços entre as 6 e as 21 horas nos dias úteis (tarifa diurna) – ou três euros e 90 cêntimos – para os restantes horários (tarifa noturna). Veja aqui as novas tarifas de táxis
No entanto, em vez dos 1800 (tarifa diurna) ou 1440 metros (tarifa noturna), a viagem mínima passará a corresponder a 1390 metros ou 1112 metros, respetivamente. Ou seja, a bandeirada sofre um agravamento de 29,5% em comparação com as distâncias anteriores.
Contactado pelo ECO, o presidente da Federação Portuguesa de Táxi, Carlos Ramos, justificou a diminuição da bandeirada. “Grande parte dos serviços que prestamos nas cidades são de 1200 metros, ou seja, não há mexida nos preços. Num TVDE, a tarifa mínima é de 3,25 euros e não tem um único metro incluído”, alega o dirigente.
Frações mais caras
Também foram reduzidas as frações de metros e de segundos. Apesar de continuarem a custar 10 cêntimos cada uma, agora valem menos metros (de 212 para 196, na tarifa diurna) e menos tempo (de 24 para 22,36, na tarifa diurna).
Com a mudança nas frações, o custo por quilómetro aumentou 8,5% (para 51 cêntimos, na tarifa diurna) e a tarifa por hora subiu 8,8% (para 16,10 euros). A mesma proporção de agravamento de preços verifica-se nas viagens com tarifa três e cinco, que são aplicadas nas deslocações para lá da área a que os táxis estão afetos.
Menos expressiva foi a subida na tarifa de serviço de táxi à hora. Neste caso o aumento é de 7,8% para uma viagem de uma hora (9 euros) e de 7,6% para serviços de 30 minutos (4,5 euros). A tarifa seis aplica-se apenas para uma deslocação previamente acordada entre passageiro e motorista para serviços como casamentos, batizados, funerais e “outros eventos sociais e culturais”.
Sem alteração ficaram os suplementos de transporte de bagagem na mala dos carros e de animais domésticos (1,60 euros, para cada um). Se chamar um táxi por telefone ou por uma aplicação digital continuará a ter a taxa de 80 cêntimos somada ao preço da viagem.
Efeitos mínimos
Os preços dos táxis vão mudar pela primeira vez em mais de nove anos. A última alteração às tarifas tinha ocorrido em janeiro de 2013. A nova tabela, contudo, “apenas mitiga os prejuízos que temos sofrido nos últimos anos”, defende o dirigente da FPT.
Carlos Ramos volta a defender que o setor deveria ter “acesso temporário” ao regime do gasóleo profissional, uma “medida justíssima” para o transporte público de passageiros. Neste regime, as empresas de transporte pesado de mercadorias têm direito ao reembolso parcial do Imposto sobre Produtos Petrolíferos.
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