Governo responde à inflação com “contas certas” no Orçamento para 2023
Ministra dos Assuntos Parlamentares recusa “falta de ambição” no último Orçamento do Estado e repete os alicerces para a proposta que aí vem, criticando ainda o “azedume e ressentimento” de Cavaco.
Ana Catarina Mendes considera que “as contas certas e o caminho que se trilhou desde 2015, que enfrentou uma pandemia e que está a enfrentar agora os preços galopantes, são o melhor compromisso” para lidar com os desafios provocados pela guerra e pela inflação e que terão de ter resposta no próximo Orçamento do Estado.
A ministra dos Assuntos Parlamentares recusa falar em falta de ambição no diploma que acaba de ser aprovado no Parlamento e que não contemplou um maior aumento salarial no Estado. Contrapondo que “talvez falta de ambição tivesse sido cortar na prestação da infância por causa da situação que estamos a viver, cortar nas pensões [ou] não garantir o reforço do Serviço Nacional de Saúde ou da proteção social”.
A ambição que nós temos de ter é a ambição de conseguir ter contas certas, que nos permitam responder às exigências do momento.
“A ambição que nós temos que ter é a ambição de conseguir ter contas certas, que nos permitam responder às exigências do momento”, insiste a governante, em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF. “Por isso é que o Governo respondeu ao aumento dos combustíveis e ao aumento do preço dos bens essenciais, designadamente dos alimentos, com os 60 euros para o cabaz alimentar, estendido agora a mais 280 mil pessoas”, argumenta.
Questionada sobre o artigo publicado esta semana por Cavaco Silva, Ana Catarina Mendes respondeu que “o ex-presidente da República fala sempre com um sentimento de azedume e ressentimento perante o país”. Sustenta que o ex-chefe de Estado “limita-se a dizer que está tudo mal e, por isso, há algum despeito com a maioria absoluta” do Partido Socialista.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu este sábado, em relação a este confronto entre o seu antecessor e o atual primeiro-ministro, que “um antigo Presidente da República não perde a sua cidadania e, portanto, tem direito a exercer a cidadania como entende”. Embora, no seu caso, prometa manter o “distanciamento da intervenção política” quando abandonar o Palácio de Belém.
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