Empresas angolanas mais confiantes, apesar de construção continuar desfavorável
Falta de materiais, taxas de juros elevadas e insuficiência na procura são os constrangimentos identificados pelos empresários no setor da construção, que é única exceção nos indicadores de confiança.
Os indicadores de confiança das empresas angolanas mantiveram tendência ascendente no primeiro trimestre de 2022, com a conjuntura a apresentar-se favorável para todos os setores analisados, exceto a construção.
Os dados constam da Folha de Informação Rápida (FIR) sobre a conjuntura económicas às empresas no primeiro trimestre de 2022 divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelando a intensidade das principais variáveis do indicador de confiança (IC) dos setores da Indústria Extrativa, Indústria Transformadora, Construção, Comércio, Turismo e Transportes, tendo em conta as opiniões de 1.638 empresas distribuídas nas 18 províncias angolanas.
O objetivo do inquérito é analisar o Clima Económico em Angola, tendo a maior parte dos setores em análise apresentado tendência e evolução homóloga positiva e uma favorável conjuntura económica para as empresas.
Dos dados obtidos no primeiro trimestre de 2022, observou-se que o clima económico permaneceu favorável, com o IC a manter a tendência ascendente dos seis últimos trimestres consecutivos, evoluindo positivamente em relação ao período homólogo e permanecendo acima da média da série iniciada em 2008.
Os indicadores de confiança do setor da indústria transformadora e da construção apresentaram tendência positiva, evoluíram favoravelmente em relação ao período homólogo e permaneceram acima da média da série, indica o INE.
A conjuntura das empresas passou a ser favorável para as indústrias transformadoras e permaneceu desfavorável para o setor da construção, apesar de o IC manter tendência ascendente há sete trimestres consecutivos.
A falta de materiais, o nível elevado das taxas de juros e a insuficiência da procura foram os principais constrangimentos identificados pelos empresários do setor, associados ao excesso de burocracia e à deterioração das perspetivas de venda.
A conjuntura económica é também favorável às empresas do setor de Indústria Extrativa e do Turismo, pois os indicadores apresentaram tendência ascendente e evoluíram positivamente em relação ao períodos homólogo, permanecendo acima da média da série
A conjuntura económica é favorável ainda às empresas do setor da Comunicação e dos Transportes, tal como no caso do comércio, não obstante a tendência negativa do indicador
No parecer dos empresários ligados ao comércio, a insuficiência da procura, as dificuldades financeiras, o excesso de burocracia e regulamentações estatais foram os principais constrangimentos no trimestre. A rutura de stocks e os preços de venda demasiado elevados, também afetaram as atividades das empresas comerciais.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Empresas angolanas mais confiantes, apesar de construção continuar desfavorável
{{ noCommentsLabel }}