Conversas com Energia. Duarte Cordeiro quer ponte entre Governo e gerações futuras
Durante a sua "aula" com os alunos do Agrupamento de Escolas das Olaias, o ministro deixou frisada a necessidade das gerações futuras apostarem em práticas mais sustentáveis.
Duarte Cordeiro apresentou-se, perante os alunos do Agrupamento de Escolas das Olaias, como o elo de ligação entre o Governo e as gerações futuras, sublinhando a importância em definir um caminho para os mais novos numa altura em que a transição energética e sustentabilidade marcam a agenda política e social.
No âmbito da iniciativa Conversas com Energia da Fundação EDP que decorre no MAAT, e do qual o ECO/Capital Verde é media partner, o ministro do Ambiente e da Ação Climática fez da sua “aula” uma oportunidade para ensinar aos mais novos como o aquecimento global e as alterações climáticas impactam o dia-a-dia das pessoas, referindo a título de exemplo, os eventos de seca extrema, chuvas intensas, o degelo no Ártico e ainda os furacões e tempestades.
“Os gases de efeito de estufa contribuem para o aquecimento global e por sua vez provocam alterações climáticas”, explicou, acrescentando que o fenómeno contribui para danos económicos e sociais. O paradigma exige a necessidade de “produzir mudanças”, anunciou.
“Mas como é que podemos ajudar?“, inquiriu um dos alunos ao governante. Para Duarte Cordeiro, embora grande parte das mudanças sejam da responsabilidade dos atores políticos, é importante sublinhar que a ação individual também produz efeitos, que passam desde a forma como nos deslocamos ao que comemos.
“Andar de transportes públicos, transportes suaves, como as bicicletas, ou até mesmo a pé”, podem ser um ponto de partida, sugeriu, admitindo que o próprio também opta por esses meios “quando pode”.
Outra das soluções, passa pela alimentação, nomeadamente, “na redução do consumo de carne”. Um dos jovens presentes admitiu ao ministro já estar a fazer progressos nesse sentido por comer este alimento apenas “duas vezes por semana”, e o ministro reconheceu o feito dizendo que a decisão não só “ajuda na redução das emissões, como faz melhor à saúde”.
“Ajudem-me nesta tarefa difícil”, apelou aos jovens, relembrando que a reivindicação feita pelos estudantes durante as várias Greves Climáticas Estudantis que ocorreram tanto aqui, como em vários pontos do mundo, são uma maneira de dar voz às exigências das gerações futuras.
A urgência do apelo chega numa altura em que os investigadores e especialistas ambientais definem 2030 como um marco importante para a apresentação de objetivos concretos em prol do ambiente. Em cima disso, surge o conflito na Ucrânia que intensifica a necessidade de acelerar a aposta em energias renováveis e garantir que o bloco europeu se torna energeticamente independente.
“A guerra na Ucrânia exige que sejamos ainda mais rápidos e acelerar a transição energética e impulsionar a independência da Rússia”, frisou. “Temos um grande desafio pela frente que nos responsabiliza a todos”, garantiu Duarte Cordeiro.
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