CGD corta 2.218 postos de trabalho e fecha balcões
O banco apresentou hoje o plano estratégico para o período até 2020. Vai reduzir em 25% o número de trabalhadores, e baixar para 470 a 490 o número de balcões.
O banco público apresentou esta sexta-feira as contas relativas a 2016, tendo apresentado um prejuízo de 1,859 mil milhões de euros.
Em paralelo, a Caixa Geral de Depósitos apresentou o plano estratégico com objetivos até 2020. Nos “objetivos operacionais definidos no plano estratégico”, o banco traça metas para o número de colaboradores, agências e custos operacionais para o mercado doméstico.
Número de agências
O número de balcões, atualmente de 651, vai baixar para 470 a 490 nos próximos quatro anos. Para justificar o corte, o banco estatal faz a comparação do número de balcões em Portugal (541 por um milhão de habitantes), um nível que contrasta com a média europeia de 300 balcões por cada um milhão de habitantes.
O banco diz ainda que vai reorganizar a rede comercial “priorizando o apoio às famílias, pequenos negócios e PME”.
Número de colaboradores
O número de trabalhadores baixa em igual proporção, ou seja, em 25%. Dos atuais 8.868 trabalhadores, ficarão no final da década apenas 6.650.
Custos operacionais
Ainda a nível operacional, o banco público prevê uma redução de 20% dos custos, passando dos 834 milhões de euros registados em 2016 para os 720 milhões em 2020.
Quota de mercado de agências
Apesar destes cortes, a quota de mercado da CGD, em termos de agências, deverá quedar-se entre 13 a 15% no final da década, valor que compara com os 14% contabilizados no final do ano passado.
Num documento enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco promete ainda reforçar a atividade comercial (retalho, PMEs, grandes empresas) “para garantir a competitividade”.
Diz também que vai “reestruturar as operações internacionais numa ótica complementar à operação doméstica”, mas ressalva que quer manter a posição e o crescimento orgânico nos mercados de língua portuguesa.
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