Turismo com 16 milhões de hóspedes e 2,3 mil milhões em receitas em 2021, ainda abaixo de 2019
Setor encerrou o ano passado perto dos níveis da pandemia, com 16 milhões de hóspedes e 2,3 mil milhões de euros em proveitos. Foi mais do que em 2020, mas menos do que em 2019.
Os estabelecimentos turísticos nacionais receberam 16 milhões de hóspedes em 2021, o equivalente a um aumento de 37% face a 2020, ano em que a pandemia apareceu no país e praticamente parou a economia. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), apesar deste aumento, os números ainda estão abaixo dos observados em 2019, quando se bateu o recorde de 27 milhões de turistas. Em termos de receitas, o setor conseguiu 2,3 mil milhões de euros, mais 61% do que em 2020.
“O ano de 2021 foi ainda marcado pelos efeitos dos constrangimentos decorrentes da pandemia, sobretudo as medidas de confinamento no primeiro semestre e no final do ano, com efeitos negativos no setor do turismo que, apesar de ter crescido face a 2020, ano de contração sem precedente da atividade turística, ficou ainda aquém dos níveis de 2019″, refere o INE.
Dos 16 milhões de hóspedes estimados para 2021, 9,6 milhões (60%) foram turistas internacionais. Este número representa um aumento de 48,4% face a 2020, mas 39% abaixo de 2019 (24,6 milhões de estrangeiros). Aqui, o Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor (quota de 16,2%), tendo registado um acréscimo de 46%. Atrás aparece o mercado espanhol (14,6%) e alemão (12,5%).
Na totalidade do ano passado contaram-se 42,6 milhões de dormidas, um aumento de 40,7% face a 2020, mas uma descida de 45,2% face a 2019, refere o INE. O mercado interno assegurou 22,5 milhões de dormidas (52,8% do total), enquanto as dormidas dos estrangeiros totalizaram 20,1 milhões. Houve subidas no número de dormidas nas diversas regiões, mais notórios nos Açores (+125,7%) e na Madeira (+80%).
A estada média aumentou 2,8% para 2,67 noites — estada média dos residentes foi de 2,35 noites e dos estrangeiros foi de 3,17 noites. No alojamento local a estada média aumentou 4,8%, na hotelaria cresceu 4,6% e no turismo no espaço rural e de habitação subiu 0,1%. Pelo contrário, nos parques de campismo, a estada média caiu 4,5%.
Nos estabelecimentos de alojamento turístico, os proveitos totais ascenderam a 2,3 mil milhões de euros em 2021, um aumento de 61,2% face a 2020, enquanto os proveitos de aposento totalizaram 1,8 mil milhões de euros (+62,8%), refere o INE. Face a 2019, registaram-se decréscimos de 45,8% e 45,7%, respetivamente. O rendimento médio por quarto ocupado foi de 88,2 euros, um aumento de 14,2% face a 2020 e uma quebra de 1,1% face a 2019.
A 31 de julho de 2021 contavam-se 6.571 estabelecimentos de alojamento turístico em atividade, o correspondente a um aumento de 20,2% face ao mesmo período do ano anterior (-8,2% face a 2019, com 7.155 estabelecimentos em atividade).
(Notícia atualizada às 11h35 com mais informação)
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