Caso Frankowicze: Banco polaco do BCP põe de lado mais 100 milhões

Instituição continua a lidar com riscos relacionados com os empréstimos da casa em moeda estrangeira concedidos na década de 2000.

O polaco Bank Millennium, controlado em 50,1% pelo BCP, decidiu por de lado mais 107 milhões de euros para enfrentar os riscos legais relacionados com os empréstimos hipotecários em moeda estrangeira originados na década de 2000.

“As provisões refletem a continuação das tendências negativas nas decisões judiciais, a entrada de novos processos judiciais e as alterações na metodologia de avaliação de risco do banco”, explica a instituição financeira em comunicado enviado esta sexta-feira ao mercado.

Em causa estão provisões de 467,4 milhões de zlotys (cerca de 97 milhões de euros) para os riscos com os empréstimos concedidos pelo próprio Bank Millennium, enquanto outros 48 milhões de zlotys (10 milhões de euros) dizem respeito a provisões para a carteira de crédito originada pelo Euro Bank, banco adquirido em 2019, mas sem impacto no resultado líquido.

Por causa das contingências relacionadas com este caso conhecido como “Francowicze”, o banco já tinha colocado de lado 660 milhões de euros.

O banco assume que, “apesar deste nível de provisões, devido ao seu sólido desempenho operacional”, apresentaria um resultado líquido positivo para o segundo trimestre do ano. Mas a contabilização de custos relacionados com a adesão ao regime de proteção constituído com outros bancos levará a prejuízos neste período.

Na década de 2000, os polacos contraíram empréstimos em francos suíços para beneficiarem de um zloty forte e de taxas de juro baixas na Suíça. Entretanto, com a crise, a moeda helvética disparou no mercado cambial, agravando o valor das dívidas das famílias para níveis impagáveis. Muitas foram para tribunal nos últimos anos para contestar estas dívidas.

O banco polaco apresenta as contas do primeiro semestre a 26 de julho.

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