Portugal regista quebra na incorporação de renováveis para geração de eletricidade em junho
Face à "diminuição do índice de hidraulicidade", Portugal viu a incorporação de renováveis para a geração de eletricidade cair 4,6% em junho, quando comparado com o período hómologo do ano anterior.
Durante o mês de junho, Portugal registou uma quebra na incorporação de energias renováveis para a produção de eletricidade.
Segundo os dados da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), divulgados esta segunda-feira, a incorporação de energias limpas, durante o mês de junho, foi de 47,3%, menos 4,6% face a junho de 2021. Segundo a entidade, esta redução deve-se, maioritariamente, à diminuição do índice de hidraulicidade, que resultou num decréscimo acentuado da produção hídrica.
“A produção hídrica e a percentagem máxima de armazenamento nas barragens atingiram valores mínimos face ao período homólogo nos últimos 10 anos, o que contribuiu para um aumento da produção por fontes fósseis”, revela o documento da APREN.
A queda também se verificou quando comparado com o mês anterior: em maio, a produção hídrica foi de 13% e em junho derrapou para 5,9%.
- Esta quebra fez com que Portugal caísse da quarta para quinta posição nos países com maior incorporação renovável na Europa, durante o mês de junho. No entanto, no acumulado dos últimos seis meses, Portugal continuou a ser o quarto país com maior incorporação renovável na geração de eletricidade. Assim, a produção a nível nacional ficou atrás da Noruega, Áustria e Dinamarca, que obtiveram 99,5%, 77,0% e 76,2%, respetivamente, a partir de fontes de energia renováveis
Redução do preço da eletricidade em maio
Entre 1 de janeiro e 30 de junho, “foram registadas 57 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal”, mais uma em relação ao mês anterior, diz a APREN, salientando que o preço horário médio no Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel), em Portugal, em junho foi de de 151,5 euros por megawatt/hora.
“De salientar a redução no preço da eletricidade em maio, já influenciada pela limitação do preço do gás natural”, indica a entidade. Esta medida foi elaborada pelos Governos de Espanha e Portugal e aprovada, em junho, pela Comissão Europeia.
Quanto ao nível do comércio, nos primeiros seis meses do ano, o sistema elétrico de Portugal Continental registou importações de eletricidade equivalentes a 5.992 gigawatts/hora (GWh) e exportações de 1.227 GWh, tendo Portugal sido importador, com um saldo de 4.765 GWh
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