AIE defende que teto ao preço de combustíveis russos abranja também produtos refinados
Para o diretor-geral da Agência Internacional de Energia a restrição sobre o petróleo proposta pelos G7 deve ser aplicada também aos produtos refinados, como o gasóleo e gasolina.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, defende que o teto sobre o preço do petróleo russo deve abranger também os produtos refinados.
Em causa está uma proposta apresentada pelo G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e União Europeia), no mês passado, e que visa aplicar um teto máximo sobre o preço do petróleo. Com a nova restrição, os governos dos sete países industrializados pretendem diminuir a margem de manobra de Moscovo no financiamento da guerra na Ucrânia.
“A minha esperança é que a proposta, que é importante para minimizar o efeito nas economias ao redor do mundo, receba a adesão de vários países”, referiu Fatih Birol em entrevista à Reuters, esta terça-feira. “Mas se for adotado, não se deve concentrar apenas no petróleo bruto, pois os produtos refinados também são um desafio importante para as economias e serão mais um desafio nos próximos meses”, acrescentou.
Os preços de produtos refinados, como gasolina e diesel, subiram ainda mais do que o petróleo bruto na sequência da perda de abastecimento russo. Na União Europeia, o sexto pacote de sanções contra a Rússia prevê um embargo às importações de petróleo até ao final deste ano, só ficando de fora o crude que passa pelo oleoduto de Druzhba para abastecer os países que não têm costa marítima, como a Hungria, Eslováquia e República Checa.
Só a União Europeia compra à Rússia, todos os dias, 2,2 milhões de barris de crude e 1,2 milhões de barris de petróleo refinado, segundo dados da Agência Internacional de Energia.
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