Coreia do Sul, Arábia Saudita e México criam cidades do futuro

  • Servimedia
  • 14 Julho 2022

A urgência climática e a necessidade de modelos sustentáveis e tecnológicos levaram a Coreia do Sul, a Arábia Saudita e o México a fazerem os primeiros projetos sobre "cidades do futuro".

A Coreia do Sul, a Arábia Saudita e o México deram início a projetos para criarem “cidades do futuro”. A decisão está diretamente relacionada com as alterações climáticas e as energias alternativas, a fim de conseguir criar as cidades mais sustentáveis, noticia a Servimedia.

A poluição e todos os seus efeitos, tanto no planeta como nos seus habitantes, realçaram a necessidade de mudar e encontrar respostas rapidamente. Isto inclui, também, o desenho das cidades, tendo em conta que são as respostas sobre como torná-las sustentáveis que irão criar os ambientes urbanos de amanhã.

A necessidade de avançar para modelos de cidades inteligentes na vanguarda da sustentabilidade fez das convenções e fóruns de peritos a ordem do dia para discutir e fornecer soluções a partir de diferentes perspetivas. Exemplo disso foi o Fórum das Cidades de Madrid, que reuniu mais de 260 oradores, incluindo governos locais, organizações internacionais, universidades, cidadãos e especialistas em vários campos para discutir o tema.

Oceanix na Coreia do Sul

Entre alguns dos principais problemas ambientais estão a subida do nível do mar e as inundações que, por vezes, destruíram infraestruturas e até mesmo cidades. Com este problema em mente, a Coreia do Sul decidiu desenvolver um projeto, denominado Oceanix-Busan, com o objetivo de responder à escassez de terras e às ameaças climáticas ligadas à cidade costeira de Busan.

Este projeto é o primeiro protótipo do mundo de uma comunidade flutuante sustentável baseada no urbanismo aquático. As plataformas flutuantes, para além de serem sustentáveis, permitem às cidades costeiras expandir-se para o mar, adaptando-se à subida e descida dos níveis da água.

Cada um destes apoios tem o seu próprio objetivo, desde atuar como centros de investigação até servir como habitação permanente, bem como 30 mil metros quadrados de espaço dedicado a atividades, estufas e instalações de produção.

Na sua versão inicial, o Oceanix-Busan cobrirá uma área de seis hectares e poderá albergar uma comunidade de 12 mil pessoas. No futuro, pode vir a crescer de acordo com as necessidades da sua cidade-mãe no continente.

Néom na Arábia Saudita

Já a Arábia Saudita, por sua vez, está a desenvolver uma cidade com o nome “novo futuro”, que ficará situada a norte do Mar Vermelho, a 1.500 quilómetros de Riade, com o intuito de criar um novo modelo de cidade sob a premissa de vida sustentável através do uso das mais recentes tecnologias.

Esta cidade irá cobrir uma área de 26 mil quilómetros, será abastecida inteiramente por energia renovável, tanto solar como eólica, e vai aproveitar os seus 405 quilómetros de costa para dessalinizar a água e atingir zero emissões de CO2.

Além disso, a metrópole terá uma lua artificial para iluminar a cidade à noite e nuvens artificiais para moderar as altas temperaturas da área através de precipitações programadas.

O principal objetivo com este projeto é que Néom se torne uma cidade 100% automatizada, de forma a poder aplicar novas formas de cultivo e transformação de alimentos e, ainda, investir na construção de casas que não poluam. A acrescentar a estes fatores está, ainda, um dos maiores exemplos de automatização, que será desenvolvido com a Volocopter, nomeadamente o primeiro serviço de táxi voador.

Cancun Smart Forest City no México

Por fim, o projeto a desenvolver no México terá lugar na cidade de Cancun. Este projeto visa absorver 116 mil toneladas de dióxido de carbono. Para o conseguir, o plano urbano prevê uma cidade com 400 hectares de espaços verdes e 7,5 milhões de plantas, com o objetivo de armazenar 5800 toneladas de CO2 por ano.

Com base nas energias renováveis, está previsto que Cancún Smart Forest City tenha uma torre de dessalinização na entrada da cidade para assegurar o abastecimento de água. Além disso, é, ainda, pretendido que a cidade tenha um sistema de painéis solares e áreas de cultivo e estufas que a tornem autossuficiente, promovendo a economia circular.

No que diz respeito à mobilidade, o projeto de Cancun também teve em conta a sustentabilidade. Para isso, concebeu uma rede de mobilidade interna totalmente elétrica e canais de água navegáveis dentro da cidade para eliminar a presença de carros particulares.

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