Lisboa escapa às perdas na Europa na ressaca do BCE e Draghi

Bolsas europeias abrem última sessão da semana em baixa ligeira, mas a praça portuguesa escapa. Investidores digerem subida dos juros do BCE e demissão de Draghi em Itália.

O arranque da última sessão da semana acontece com a bolsa de Lisboa a escapar às perdas ligeiras que se registam um pouco por toda a Europa, na ressaca da subida dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE) em 50 pontos base, acima do esperado, e do pedido de demissão do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, que atira Itália para eleições antecipadas em setembro.

O PSI sobe 0,40% para 5,907.93 pontos, com dez cotadas em alta. O setor da energia dá um forte impulso ao índice português, com a EDP e EDP Renováveis a ganharem 0,69% e 0,43%, respetivamente, e a Galp a subir 0,48% para 9,728 euros — a petrolífera anunciou a aquisição da totalidade da Titan, após comprar os últimos 25% da empresa por 140 milhões de euros. Também a Greenvolt avança 0,93% para 7,63 euros

O melhor desempenho pertence à Navigator: as ações da papeleira estão em alta de 2,81% para 4,174 euros, depois de a empresa ter anunciado esta quinta-feira uma subida de 151% dos lucros para 162 milhões de euros no primeiro semestre do ano, à boleia do aumento dos preços.

Navigator lidera ganhos

A travar uma maior queda está o BCP, cujos títulos deslizam 0,95% para 0,146 euros. O banco apresenta contas do semestre na próxima semana.

Lisboa escapa ao sentimento negativo com que as principais bolsas europeias despertaram esta sexta-feira. O Stoxx 600, o índice de referência no Velho Continente, cai 0,20%. De Madrid a Frankfurt, passando por Milão, as praças europeias também registam perdas entre 0,1% e 0,4%.

Isto acontece depois de uma quinta-feira de muitas emoções. De manhã o primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, pediu a demissão e o Presidente Sergio Mattarella apontou o dia 25 de setembro para a escolha de um novo governo.

Também o BCE anunciou a primeira subida das taxas de juro em 11 anos para travar a inflação, com um aumento “jumbo” de 50 pontos base e acabando com os juros negativos na Zona Euro. Também revelou o novo escudo para proteger os países mais endividados de uma crise de desconfiança na região.

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