Casas: Preços crescem 5,6% no final de 2016
Há 18 meses que os preços das casas sobem quase ininterruptamente, apoiados no crescimento da procura. A mesma procura deverá continuar a apoiar o aumento dos preços.
O setor imobiliário continua a dar passos firmes no sentido da recuperação. No final do ano passado, o preço das casas voltou a aumentar em Portugal, mostram dados do Confidencial Imobiliário. As perspetivas apontam para a continuação da subida dos preços este ano.
De acordo com o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, o preço das casas em Portugal Continental registou, em dezembro, uma valorização homóloga de 5,6%. Foi dado assim seguimento a uma tendência de subida que se observa quase ininterrupta há 18 meses, de acordo com este indicador, apesar de o aumento registado no último mês do ano significar um ligeiro abrandamento face aos dados mais recentes. O aumento de preços observado no último mês do ano passado, fica aquém da subida de 7,5% registada no terceiro trimestre de 2016, naquele que foi o crescimento homólogo mais elevado dos últimos 15 anos.
Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, explica que “o índice de preços da Confidencial Imobiliário é calculado com base em vendas efetivas, traduzindo a realidade do mercado”, acrescentando que “os resultados mostram que o crescimento dos preços se mantém robusto, sendo uma tendência já consolidada”, sendo que os preços sobem de forma quase ininterrupta há 18 meses em resultado do aumento da procura.
“O que observamos é um alinhamento cada vez maior entre o desempenho efetivo do mercado e as perspetivas que nos são transmitidas pelos operadores que nele atuam, os quais estimam em torno dos 4% a valorização média anual dos preços das casas em Portugal”, refere ainda Ricardo Guimarães.
Os inquiridos no mais recente inquérito mensal produzido pela Confidencial Imobiliário e pelo RICS – o Portuguese Housing Market Survey, de janeiro -, apontaram para um aumento de cerca de 4% no preço das casas nos próximos 12 meses, um patamar que também já havia sido estimado para 2016. O mesmo documento mostra ainda que a dinâmica da procura continua a superar a entrada de casas em oferta, pelo que a pressão de subida do preço das casas deverá manter-se.
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