BCP cai 2,61% após anúncio de prejuízos na Polónia

Banco presidido por Miguel Maya desvalorizou na bolsa de Lisboa após anunciar prejuízos com o negócio na Polónia. PSI fechou com queda marginal, à espera de mais resultados, menos gás e também da Fed.

A bolsa de Lisboa fechou praticamente inalterada esta terça-feira, recuando uns ligeiros 0,06%, num período em que os investidores estão focados nos resultados trimestrais das empresas, mas também na expectativa do anúncio de mais uma subida das taxas de juro pela Fed americana já esta quarta-feira.

O BCP penalizou o desempenho do índice nacional, ao cair 2,61%, para 14,18 cêntimos, em reação aos prejuízos de 56 milhões de euros registados pelo negócio do banco na Polónia no primeiro semestre. A empresa continua a enfrentar dificuldades e a constituir provisões para riscos legais relacionados com a carteira de créditos hipotecários em moeda estrangeira.

O principal índice nacional fechou nos 5.998,98 pontos e a queda marginal acompanhou a tendência das principais praças europeias. Enquanto o europeu Stoxx 600 e o britânico FTSE 100 fecharam na linha de água, o francês CAC-40, o alemão DAX e o espanhol IBEX-35 caíram, respetivamente, 0,4%, 0,8% e 1%.

Além dos resultados e da subida dos juros, as negociações continuam condicionadas pelo risco de corte no abastecimento de gás natural à Europa pela Rússia, no contexto da guerra na Ucrânia, cenário que poderia atirar o continente para uma recessão.

Esta semana, a Gazprom anunciou que o fluxo no gasoduto Nord Stream 1 será reduzido para 20% da capacidade, dando gás a esses receios. Numa reunião esta terça-feira, os ministros da Energia da União Europeia chegaram a um acordo no Conselho para a redução do consumo de gás.

Por Lisboa, além do efeito do BCP, a sessão foi marcada pelas quedas da Nos (-1,01%) e CTT (-0,93%). Os Correios apresentam resultados do semestre esta quarta-feira, após o fecho das bolsas europeias. Em sentido inverso, a Greenvolt liderou os ganhos ao subir 1,94%, acompanhada pelo avanço de 1,53% da EDP e pela valorização de 0,79% da EDP Renováveis. A Galp Energia registou uma subida ligeira de 0,05%.

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