Lucros da REN sobem 16% para quase 46 milhões de euros no primeiro semestre

Segundo a empresa, o resultado deve-se sobretudo ao aumento do EBIT (resultados antes de juros e impostos) em 6,5 milhões de euros, e a melhores resultados financeiros (3 milhões).

Os lucros da Redes Energéticas Nacionais (REN) aumentaram 16% no primeiro semestre, em comparação com o período homólogo. De acordo com os dados divulgados, esta quinta-feira, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), este aumento traduz-se num resultado líquido de 45,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. O resultado, segundo o comunicado da REN, deve-se sobretudo ao aumento do EBIT (resultados antes de juros e impostos) em 6,5 milhões de euros, e a melhores resultados financeiros (3 milhões).

Para a REN, o arranque do ano foi caracterizado por “desafios operacionais importantes”, nomeadamente, a guerra na Ucrânia, a pressão sobre o abastecimento de gás natural na Europa, a situação grave de seca e o acelerar do ritmo de desenvolvimento de novas infraestruturas de suporte à transição energética. Ainda assim, a atividade “desenrolou-se de forma positiva”, dado que o EBITDA, isto é, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, atingiram os 238,4 milhões de euros. Feitas as contas, trata-se de um aumento de 4,6%, ou 10,5 milhões de euros, quando comparado com o mesmo período de 2021. Tanto a operação em Portugal como no estrangeiro contribuíram para este efeito, diz a REN.

Apesar dos lucros, a REN informa que “os resultados foram, no entanto, penalizados” por um aumento de impostos (mais 2,2 milhões de euros) e pela contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE), de cerca de 900 mil euros.

Quanto aos resultados financeiros, entre janeiro e junho, os valores situaram-se numa quebra de 15,1 milhões de euros, que comparam com os 18 milhões de euros negativos apurados no primeiro semestre de 2021.

Eletricidade sobe, gás desce e Sines bate recordes

A empresa liderada por Rodrigo Costa, dá conta de que a qualidade do serviço “manteve-se em níveis extremamente elevados”, tanto ao nível de percas na rede, como ao nível da disponibilidade de eletricidade e de gás natural, como à capacidade de resposta a situações de emergência na distribuição de gás natural. Segundo os resultados do primeiro semestre, o consumo de energia elétrica cresceu 2,9%, face ao mesmo período do ano passado. Já o consumo de gás natural registou uma ligeira queda homóloga de 1,2%, resultado de um recuo de 22% no segmento convencional e de um crescimento de 49% no segmento de produção de energia elétrica.

Quanto ao abastecimento de gás natural, a partir do terminar de GNL, em Sines, a REN da conta de um “novo recorde máximo semestral” depois de o terminal ter recebido, nos primeiros seis meses do ano, 39 navios contra os 34 verificados no mesmo período de 2019. No primeiro semestre, o terminal foi responsável por 99% do abastecimento de gás natural em Portugal.

(Notícia atualizada às 17h45 com mais informações)

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