Setores de cerâmica e têxtil acusam grande aperto com crise do gás

  • Capital Verde
  • 5 Agosto 2022

A indústria do têxtil indica que a maioria das empresas” conta com resultados negativos na sequência dos preços elevados do gás. O setor da cerâmica diz que está em causa a sobrevivência das firmas.

Os setores de cerâmica e têxtil em Portugal são os mais afetados pelo aumento do custo do gás natural.

De acordo com a notícia avançada pelo Público, esta sexta-feira, olhando para os resultados da primeira fase do programa Apoiar Indústrias Intensivas em Gás, promovido pelo Ministério da Economia e do Mar, em que foram apoiadas 150 empresas, destacaram-se as candidaturas são indústria têxtil, cerâmica e metalúrgica. Ao todo, foram pagos 11 milhões de euros, dos 160 milhões que estão disponíveis.

À publicação, o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Mário Jorge Machado — que confirma que muitas das associadas se candidataram à iniciativa — estima que 2022 “tinha tudo” para ser de novo recorde de exportações (seis mil milhões de euros face aos 5,4 milhões de 2021), mas os preços do gás deverão deixar “a maioria das empresas” com resultados negativos. Os preços do gás estão a provocar “uma hemorragia na tesouraria das empresas”, afirma Mário Jorge Machado.

Já no setor da cerâmica, o panorama também não é animador. O presidente da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER), José Luís Sequeira conta ao Público que se nota mesmo uma “quebra anímica entre os empresários”. Além da escalada de preços dos últimos meses, as empresas viram-se confrontadas com a possibilidade de um racionamento do gás, o que “põe em causa a sobrevivência” da indústria.

 

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