APS prevê maior crescimento da produção de seguros
José Galamba de Oliveira diz que os dados relativos à produção de seguros em janeiro mostram uma tendência de crescimento. Diz que "esta dinâmica deve e tem que continuar".
O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, revelou hoje que os dados relativos à produção de seguros em janeiro mostram uma tendência de crescimento e que a mesma se deve manter ao longo do ano.
“Os dados mais recentes, já de 2017, apontam para o crescimento da produção de seguros. Em janeiro o setor estava a crescer mais de 4% nos ramos ‘não vida’ e 5% no ramo ‘vida’. E esta dinâmica deve e tem que continuar“, afirmou o responsável durante o Fórum Seguros, promovido pelo Jornal Económico e a PwC, em Lisboa.
Galamba de Oliveira sublinhou que o setor segurador representa hoje cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) português, em termos da produção anual, empregando cerca de 11 mil profissionais e interagindo com uma rede de 22 mil mediadores.
“Este setor contribui de forma determinante para a estabilidade e financiamento da nossa economia”, destacou, apontando para a resiliência demonstrada durante os anos da crise.
Quanto às tendências que vão marcar o setor segurador no futuro próximo, o líder da APS apontou para cinco áreas principais: as novas tecnologias, o crescimento, a rentabilidade, a proteção social e a profissionalização.
No que toca à questão da proteção social, nas situações de velhice, invalidez, dependência ou doença, Galamba de Oliveira não tem dúvidas de que o setor segurador vai ter “um papel crescente”, devido às dificuldades cada vez maiores de o Estado assegurar o mesmo nível de proteção aos cidadãos.
“Esta inevitabilidade abre espaço de intervenção ao setor segurador em áreas como, por exemplo, a dos seguros de saúde, que têm natureza suplementar das garantias proporcionadas pelo Serviço Nacional de Saúde, ou como a dos seguros de reforma que complementam a pensão pública de Segurança Social”, assinalou.
Neste capítulo, Galamba de Oliveira realçou a importância de ser promovida uma cultura de poupança das famílias e das empresas, “para que os cidadãos possam ter um papel ativo na preparação da reforma por velhice, de modo a evitar que a sua qualidade de vida e o seu rendimento, no período da reforma, diminua significativamente“.
E destacou a iniciativa que está a ser preparada pela Comissão Europeia no sentido de lançar um produto normalizado, em toda a zona euro, de poupança para a reforma, o denominado ‘Personal Pension Product’ (PEPP).
Já à margem do evento, à Lusa, o presidente da APS destacou algumas vantagens deste produto, como o facto de um cidadão poder mudar de país dentro do espaço europeu e manter o mesmo plano de poupança.
“Apesar de ser um produto normalizado, a parte fiscal tem que ser adaptada a cada país”, já que há diferenças assinaláveis neste domínio entre os Estados-membros da União Europeia, vincou, aproveitando para defender que “é preciso incentivar a poupança com benefícios fiscais”.
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