UNITA denuncia irregularidades no processo eleitoral em Angola
UNITA diz que "o anúncio dos resultados provisórios da CNE não estão a ser feitos com base no que estabelece a lei orgânica".
A UNITA denuncia várias irregularidades no processo eleitoral em Angola, nomeadamente sobre o credenciamento dos delegados de lista e a divulgação dos dados provisórios, que diz violarem a lei orgânica. Além disso, o partido diz que, segundo os dados que tem, “provavelmente” teve uma vitória.
“Provavelmente tivemos uma vitória, todavia ficamos consternados ao ver dados lançados, estão a fazer anúncio provisório”, salientou a deputada Mihaela Weba, em declarações transmitidas pela RTP3. “Hoje entrou mais uma reclamação na CNE, por causa do anúncio”, indicou, isto já que o lançamento de dados provisórios “está a ser feito sem detalhes, em violação da lei orgânica”.
Os detalhes são o “número de votantes dos ciclos eleitorais, o número de votos de cada lista, número de votos em branco e nulos, boletins objetos de reclamação”, entre outras questões. Assim, “o anúncio dos resultados provisórios da CNE estão a ser feitos não com base no que estabelece a lei orgânica”, diz.
Outras irregularidades prendem-se com o credenciamento dos delegados de lista e “15 mil operadores logísticos que não fazem parte da lei orgânica”. Ainda assim, a UNITA assinala que, “não obstante todos os constrangimentos impostos, conseguimos credenciar 52.267 delegados”, no entanto para alguns deles as credenciais só foram entregues no dia 24.
“Com todos os obstáculos que nos foram impostos, conseguimos ter em posse mais de 90% das atas”, sinaliza o partido angolano. “Neste momento, continua o processo de recolha das atas, considerando especificidades do país, as dificuldades de acesso e o facto de muitos dos delegados terem sofrido obstrução”, denunciam.
Na contagem que a UNITA fez até agora, teve “novidades positivas”, nomeadamente em províncias que no passado eram “de domínio absoluto do partido governante” e onde hoje “se assiste a um equilíbrio”.
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