Mercado regulado vai permitir poupar 65% no gás, calcula Governo
O Governo aponta para poupanças entre os 25 euros e os 45 euros por mês, consoante o tipo de consumidor, caso este opte pelo mercado regulado para se proteger de subidas no preço do gás.
A partir de 1 de outubro, um cliente que opte por aderir ao mercado regulado de gás natural pode poupar cerca de 65% por mês em relação ao que pagaria caso mantivesse um contrato com uma comercializadora que aumente os respetivos preços na ordem dos 150%, tal como foi recentemente anunciado pela EDP. É essa a estimativa do Governo.
De acordo com os cálculos cedidos pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, a partir de 1 de outubro, um casal com dois filhos e sem aquecimento central, com um consumo anual de 292 metros cúbicos de gás, deverá contar com uma fatura mensal do gás de aproximadamente 25 euros no mercado regulado. No mercado livre, caso seja cliente de uma empresa que assuma aumentos na fatura na ordem dos 150%, o preço deveria situar-se em torno dos 70 euros. Assim sendo, optar pelo regulado pode poupar 45 euros por mês a esta família.
Já um casal sem filhos, sem aquecimento central e com um consumo anual de 138 metros cúbicos deverá ver a fatura mensal do gás descer em 25 euros, para os 13 euros, caso opte por trocar o mercado livre pelo regulado, já que a mesma fatura, mas relativa a uma empresa com aumentos na ordem dos 150% nesse trimestre, se situaria em torno dos 38,33 euros por mês.
As poupanças, em ambos os casos, são de cerca de 65%. Os cálculos do ministério tomam como referência uma fatura que, atualmente, no mercado livre, ronda os 15,33 euros por mês para um casal sem filhos e os 28,10 euros por mês para um casal com dois filhos. Ao dia de hoje, a poupança que o mercado regulado permite face ao livre, no caso de um casal sem filhos é de 20% e para um casal com dois filhos é de 17%.
As diferenças entre os dois mercados são sublinhadas pelo Governo depois de esta quinta-feira ter anunciado que vai permitir às famílias e pequenos negócios que transitem para o mercado regulado a partir de 1 de outubro, de forma a aliviar o fardo sobre os consumidores que se virem afetados por aumentos substanciais na conta do gás. Até agora, só era possível aceder ao mercado regulado caso o consumidor fosse beneficiário da tarifa social ou se fosse cliente de um comercializador que cessasse atividade.
O Governo abriu a hipótese de 1,5 milhões de consumidores regressarem ao mercado regulado depois de a EDP ter anunciado que iria aumentar o preço das suas faturas no último trimestre do ano, a começar a 1 de outubro, numa média de 30 euros mensais. A Galp veio depois confirmar, sem contudo quantificar, que também optará por subidas nos preços do gás. O Governo indica que, enquanto o aumento previsto pela EDP, nas contas apresentadas pelo ministro do Ambiente, é de cerca de 150%, no mercado regulado está previsto um salto de apenas 3,9% em outubro.
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