“Leite excessivamente barato acabou”, diz presidente da Agros
O presidente da Agros diz que os custos de produção para produzir leite aumentaram cerca de 50% no último ano, pelo que alerta que os preços em todo o elo da cadeia devem subir.
O presidente da Agros avisa, numa entrevista à Rádio Renascença, que o paradigma do “leite excessivamente barato ao consumidor acabou”, depois de os custos de produção terem subido cerca de 50% no último ano.
“O preço do litro de leite, que dá para alimentar uma família média de quatro pessoas por dia, é mais barato do que um café”, alerta Idalino Leão, referindo que, “neste momento, é mais caro em cerca de 50% produzir um litro de leite do que era no período homólogo”. Já o preço do leite subiu à volta de 18 a 20% ao produtor, “um défice que não foi colmatado” e que implicará a subida do preço do leite ao produtor “de forma a ser sustentável e que se deverá repercutir “nos elos da cadeia seguintes, ou seja, na indústria e na distribuição”.
“Neste momento, a curto prazo, se o preço não acompanhar a subida nos três elos da cadeia, não tenho a menor dúvida que a curto/médio prazo poderá não haver leite nacional para abastecer as necessidades dos portugueses”, avisa o presidente da Agros. Idalino Leão adianta AINDA que nos últimos dois anos já foram encerradas 300 explorações que integravam a união de cooperativas que formam a Agros, sendo atualmente 900. “Não há memória de uma exploração que encerra e volta a abrir”, disse.
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