Governo manda cortar água e temperatura nas torneiras, sanitas e piscinas
Medidas previstas no Plano Nacional de Poupança de Energia são obrigatórias para os serviços da Administração Pública, incluindo as escolas, mas deixam de fora os hospitais e os lares.
Reduzir o caudal e a temperatura da água que sai das torneiras, diminuir a quantidade de água utilizada na lavagem de pavimentos, minimizar o número de lavagens de veículos e adotar estratégias de redução do consumo de água nos sanitários através de mecanismos de descarga dupla e diminuição do volume disponível dos reservatórios. Estas são algumas das medidas previstas no chamado Plano Nacional de Poupança de Energia, aprovado esta semana pelo Governo.
Segundo adianta o Público na edição deste sábado, estas medidas vão ser obrigatórias para os serviços da Administração Pública, incluindo as escolas, mas deixam de fora os hospitais e os lares por razões de saúde pública. O cumprimento das normas que constam deste plano, que foi aprovado em Conselho de Ministros para vigorar este ano e no próximo — e com o qual o Executivo prevê poupar 5% no consumo de gás –, vai ser monitorizado pela Agência para a Energia (Adene).
Além das instruções para os serviços públicos, este documento inclui recomendações dirigidas às autarquias e também ao setor privado, como é o caso da temperatura da água das piscinas. A regra de reduzir o consumo energético em piscinas e complexos desportivos passa pela regulação da temperatura da água das piscinas cobertas para 26°C e diminuição de 2°C na temperatura de aquecimento ambiente onde se inserem as piscinas (para 28°C), de acordo com a mesma fonte.
No final da reunião em que este plano foi aprovado, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, já tinha adiantado que inclui também medidas de redução de consumo de eletricidade quando os estabelecimentos não estão a funcionar, a diminuição das horas que luzes decorativas estão ligadas fora do que são os horários considerados normais – por exemplo a partir da meia-noite – e tudo o que sejam temperaturas dentro dos estabelecimentos (climatização interior com máximos de temperatura no inverno e mínimo no verão).
O titular da pasta do Ambiente esclareceu ainda nesta conferência de imprensa que, por outro lado, não há nenhuma medida prevista de redução de horários, uma hipótese que mereceu a resistência pública do setor do retalho antes de ser avançado o plano. No que toca à iluminação de Natal, haverá apenas limites nas horas em que estão ligadas. “São medidas simples, mas que fazem muita diferença se forem implementadas”, notou Duarte Cordeiro.
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