Com o novo espaço – com mais de 15.000 m2 onde foram investidos 32 milhões, mais 2 milhões em painéis fotovoltaicos –, a Olympus quer, em dois anos, duplicar, as reparações de dispositivos médicos.
A Olympus Portugal tem um objetivo. “Tornar-se um dos maiores centros de reparação de equipamentos médicos da Europa.” Para isso, a multinacional acaba de investir um total de 34 milhões de euros nas novas instalações da empresa em Coimbra, aumentando a sua capacidade de produção e número de colaboradores. Até 2024 a empresa quer aumentar dos atuais 210 para mais de 300 o número de trabalhadores.
“A construção destas novas instalações está integrada numa estratégia exponencial de crescimento que a Olympus está a implementar em Portugal com o objetivo de se tornar um dos maiores centros de reparação de equipamentos médicos da Europa”, adianta Joaquim Nunes, general manager Olympus Portugal, à Pessoas.
Com o novo espaço – com mais de 15.000 m2 onde foram investidos 32 milhões de euros, a que se junta mais 2 milhões em painéis fotovoltaicos –, a Olympus quer, em dois anos, duplicar, de 15.000 para 30.000, as reparações de dispositivos médicos para empresas europeias.
E o número de colaboradores vai acompanhar esse crescimento estimado. “Desde junho até ao momento já contratámos cerca de 40 novos colaboradores. Neste momento a Olympus, em Coimbra, emprega 210 pessoas, mas este número está a crescer diariamente. A nossa expectativa é conseguir acrescentar mais 100 colaboradores ao número atual, no espaço temporal de um ano. Assim, em 2024, a Olympus Medical Products Portugal deverá integrar mais de 300 colaboradores”, garante.
Investiram 32 milhões de euros em novas instalações em Coimbra. Que capacidade de produção ganham com esta aposta?
A construção destas novas instalações está integrada numa estratégia exponencial de crescimento que a Olympus está a implementar em Portugal com o objetivo de se tornar um dos maiores centros de reparação de equipamentos médicos da Europa. Quando, em 2017, a Olympus iniciou a reparação de dispositivos médicos, em Portugal, realizava 5.000 reparações anuais. Atualmente, os números rondam as 15.000 reparações por ano. Com a estratégia de crescimento do negócio a nível europeu, a expectativa é que as reparações anuais, em Portugal, cheguem às 30.000 nos próximos dois anos.
Há planos de novos aumentos de área, de novos centros em outras zonas do país?
Este nosso projeto irá, naturalmente, acompanhar as tendências do setor e ainda não estamos com a capacidade esgotada. Prova disso é a estratégia de crescimento ao nível do recrutamento a que nos propomos. Tendo em conta o crescimento dos utentes de serviços de saúde e o aumento da esperança de vida das populações em todo o mundo, é expectável que a procura por produtos e serviços de saúde continue a crescer. Por isso, estamos a acompanhar a evolução do mercado e os nossos planos de expansão serão determinados pelo crescimento do mercado.
Estamos a implementar um ambicioso plano de recrutamento. Desde junho até ao momento já contratámos cerca de 40 novos colaboradores. Neste momento a Olympus em Coimbra emprega 210 pessoas, mas este número está a crescer diariamente. A nossa expectativa é conseguir acrescentar mais 100 colaboradores ao número atual, no espaço temporal de um ano. Assim, em 2024, a Olympus Medical Products Portugal deverá integrar mais de 300 colaboradores.
E novas unidades de negócio? Ou agora o foco é somente na área de equipamentos médicos?
Quando a Olympus iniciou a sua operação em Portugal em 2002, o seu negócio era dedicado à reparação de equipamentos ótico-digitais da Olympus (câmaras fotográficas). Mas em abril de 2017 a empresa iniciou uma nova fase do negócio, com a implementação do serviço de reparação de endoscópios e, no final de 2020, a Olympus deixou de laborar na área das câmaras fotográficas e passou a dedicar-se exclusivamente à área de healthcare. Com esta alteração, a subsidiária em Portugal passou também a dedicar em exclusivo a sua atividade de reparação à área médica, em 2021.
Que necessidades ao nível de recrutamento de talento essa aposta exige? Quais os objetivos até ao final do ano?
No âmbito da nossa estratégia de expansão, estamos a implementar um ambicioso plano de recrutamento. Desde junho até ao momento já contratámos cerca de 40 novos colaboradores. Neste momento a Olympus em Coimbra emprega 210 pessoas, mas este número está a crescer diariamente. A nossa expectativa é conseguir acrescentar mais 100 colaboradores ao número atual, no espaço temporal de um ano. Assim, em 2024, a Olympus Medical Products Portugal deverá integrar mais de 300 colaboradores. Contudo, estes números serão sempre ajustados de acordo com o crescimento do mercado
Que perfis procuram?
Procuramos perfis com potencial para crescer com a empresa, capacitando a equipa e investindo no projeto. Neste contexto, temos muitas oportunidades para perfis operacionais, nomeadamente, técnicos de reparação, engenharia e logística, muito embora áreas de suporte como a Financeira, Qualidade e Recursos Humanos também estejam a fazer crescer as suas equipas. Todas as oportunidades estão disponíveis no nosso site, na área de recrutamento.
Há muita incerteza no que toca às contratações em 2023. Mais de um terço das empresas admitia que ainda não tinha decidido se pretendia alterar o número de colaboradores, aponta um estudo da Mercer. No vosso caso, o ritmo de contratação é para manter, abrandar ou congelar…
A Olympus em Portugal está numa fase de crescimento e expansão do negócio, com o objetivo de se tornar num dos mais importantes centros de reparação a nível europeu. A previsão é de crescimento de negócio e, consequentemente, do aumento de número de colaboradores nos próximos meses. Contudo, estes números estarão sempre dependentes do crescimento do mercado.
O maior desafio é o tempo de aprendizagem que cada novo colaborador necessita para poder começar a produzir em pleno. Como reparamos equipamento médico temos de estar muito sensíveis à importância da estratégia “zero falhas”, pelo que as nossas pessoas têm um período formativo que oscila entre as duas semanas e os três meses. Temos uma equipa interna totalmente dedicada ao acolhimento e formação de novos colaboradores.
A escassez de talento é um lamento transversal a vários setores. Têm sentido essa dificuldade em recrutar? Que estratégias estão a desenvolver para contornar esse tema?
No caso da Olympus, o maior desafio é o tempo de aprendizagem que cada novo colaborador necessita para poder começar a produzir em pleno. Como reparamos equipamento médico temos de estar muito sensíveis à importância da estratégia “zero falhas”, pelo que as nossas pessoas têm um período formativo que oscila entre as duas semanas e os três meses. Temos uma equipa interna totalmente dedicada ao acolhimento e formação de novos colaboradores e tentamos agilizar ao máximo as necessidades formativas com as necessidades operacionais.
Em termos de recrutamento as dificuldades são semelhantes às das outras empresas na região, mas acreditamos muito na nossa marca e na proposta de valor que apresentamos aos nossos colaboradores.
Estar na região Centro funciona como mais-valia ou cria dificuldades acrescidas na hora de recrutar as pessoas? Têm algum tipo de apoio para pessoas que queiram fazer uma relocalização?
As anteriores instalações da Olympus já estavam implantadas na região e, tendo em conta que é uma localização estratégica na região centro de Portugal, optámos por nos manter aqui e construir as novas instalações no Coimbra iParque, que é um parque de Ciência e Tecnologia.
Esta região é também conhecida por ser um importante centro de pesquisa médica e de prestação de serviços na área da saúde. Recebe cerca 20.000 estudantes por ano e tem uma oferta diversificada de universidades e institutos superiores que proporciona talento qualificado em várias áreas. Esta é sem dúvida uma grande mais-valia para a Olympus e uma das razões que nos levou a escolher esta localização.
No que diz respeito a apoios à relocalização, temos uma política de analisar com o possível colaborador ou candidato qual a melhor solução para o seu caso.
A Olympus oferece um modelo de trabalho híbrido a todos os colaboradores cuja natureza das funções permita o trabalho a partir de casa.
Depois da pandemia, a flexibilidade em termos de modelo de trabalho tem sido uma exigência do talento. Dada a atividade da Olympus como estão a trabalhar este tema ao nível de modelos de organização do trabalho?
No atual contexto pós pandemia é incontestável a importância da flexibilidade no modelo de trabalho e as mais-valias que ela representa em termos de produtividade e motivação das equipas. Assim, a Olympus oferece um modelo de trabalho híbrido a todos os colaboradores cuja natureza das funções permita o trabalho a partir de casa, permitindo assim um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional.
Reter as pessoas é outras das dificuldades manifestadas pelas empresas. Mais de metade, diz a Mercer, tem esse desafio. E na Olympus?
A Olympus é uma empresa líder global de tecnologia médica e um dos principais empregadores na Europa, com a distinção de Top Employer pelo Top Employers Institute, que reconhece as boas práticas na gestão de pessoas e cumprimento de elevados padrões éticos.
Em Coimbra, a Olympus oferece condições de excelência aos seus colaboradores, com novas instalações de mais de 15.000 m2. O conceito de arquitetura do edifício foi desenhado para proporcionar um ambiente de trabalho de interação e comunicação, que promove a criatividade, cooperação e inovação e, ao mesmo tempo, oferece áreas sociais para os colaboradores recuperarem a energia.
A aposta no desenvolvimento dos colaboradores é também uma prioridade. Desenhamos um programa de formação inicial e contínua alinhada com os objetivos individuais e temos um processo de avaliação de desempenho que permite identificar possibilidades reais de progressão na carreira local ou internacionalmente.
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Olympus investe 32 milhões em fábrica em Coimbra. “Em 2024 deverá integrar mais de 300 colaboradores”
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