Nas notícias lá fora: impostos, financiamento e doações
Senadores republicanos norte-americanos bloquearam legislação que obrigaria os comités de ação política a revelar a identidade de doadores que ofereçam 10.000 dólares ou mais às campanhas eleitorais.
A atualidade internacional está marcada esta sexta-feira pela fiscalidade. Em Espanha, o Ministério das Finanças vai criar um imposto específico que vai agravar temporariamente em 1% os impostos cobrados sobre as grandes fortunas. Já no Reino Unido, o “mini-Orçamento”, que vai ser apresentado esta sexta-feira, deverá revelar um corte no Imposto de Selo, uma taxa que se aplica a transações e que é muito criticada pelos agentes imobiliários. Noutra geografia, Hong Kong perdeu o título de principal centro financeiro da Ásia para Singapura, numa classificação mundial em que Nova Iorque e Londres mantêm o primeiro e o segundo lugares, respetivamente.
Cinco Días
Espanha vai impor um novo imposto sobre as grandes fortunas
O Ministério das Finanças espanhol vai criar um imposto específico que vai agravar temporariamente em 1% os impostos cobrados sobre as grandes fortunas. O objetivo é que esteja em vigor no início de janeiro de 2023 e aumentar a receita fiscal para 2,3 mil milhões de euros, ou seja, mais 1,1 mil milhões do que o habitual. Com esta opção a ministra das Finanças, María Montero, pretende criar um imposto que afete também as regiões que isentam na totalidade o imposto sobre o Património, como o faz Madrid há vários anos. O desenho da medida ainda não está concluído, mas poderá passar por retirar poder às regiões para conceder isenções neste tipo de imposto.
Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)
Financial Times
Governo britânico prepara baixa do Imposto de Selo sobre imóveis
O ministro das Finanças britânico, Kwasi Kwarteng, que apresenta esta sexta-feira um “mini-Orçamento”, deverá revelar um corte no Imposto de Selo, uma taxa que se aplica a transações e que é muito criticada pelos agentes imobiliários. Não é ainda claro se o novo Governo de Liz Truss se prepara para acabar com aquela taxa, reduzi-la para todos os compradores ou aumentar o limite a partir do qual ela se aplica – estabelecida a partir das 300 mil libras para os primeiros compradores e das 125 mil libras para os restantes.
Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)
The Standard
Singapura ultrapassa Hong Kong como principal centro financeiro da Ásia
Hong Kong perdeu o título de principal centro financeiro da Ásia para Singapura, numa classificação mundial em que Nova Iorque e Londres mantêm o primeiro e o segundo lugares, respetivamente. Singapura subiu três posições no Índice Global de Centros Financeiros (GFCI, na sigla em inglês), respeitante à primeira metade do ano, ocupando o terceiro lugar. Este ranking avalia a competitividade de 119 centros financeiros em todo o mundo. Hong Kong ficou isolada do mundo durante mais de dois anos devido às políticas anti-Covid-19, de acordo com a estratégia de zero casos da China. Já Singapura eliminou as restrições à entrada de pessoas e reabriu as fronteiras no início do ano.
Leia a notícia completa no The Standard (acesso livre, conteúdo em inglês)
The Washington Post
Republicanos bloqueiam lei que pretendia impedir doações anónimas
Os senadores republicanos norte-americanos bloquearam a legislação que obrigaria os comités de ação política e outras organizações a revelar a identidade de doadores que ofereçam 10.000 dólares ou mais durante a campanha eleitoral. A Câmara Alta, em que metade dos senadores são republicanos e a outra democratas, necessitou de 60 votos a favor para pôr fim ao debate sobre o projeto de lei para o submeter a votação. Na votação, o projeto de lei recebeu apenas 49 votos a favor, os dos democratas, e 49 contra, os dos republicanos. Os democratas queriam aprovar a lei, alegando que as grandes empresas e os milionários apoiam ou prejudicam candidatos anonimamente por meio dessas organizações, enquanto os republicanos defendem o direito de fazer doações políticas.
Leia a notícia completa no The Washington Post (acesso livre, conteúdo em inglês)
The Guardian
Boeing paga mais de 200 milhões de euros por afirmar que 737 MAX era seguro
A Boeing aceitou pagar 200 milhões de dólares (203,4 milhões de euros) por emitir publicamente várias mensagens a afirmar que o modelo de avião 737 MAX não apresentava riscos após dois acidentes fatais com aquelas aeronaves. Um problema com o software de voo, MCAS, fez com que um avião 737 MAX da Lion Air, em outubro de 2018, e uma aeronave similar da Ethiopian Airlines, em março de 2019, mergulhassem de nariz sem que os pilotos o pudessem evitar. Os dois acidentes mataram 346 pessoas e paralisaram toda a frota mundial de 737 MAX durante 20 meses. O antigo diretor geral da empresa aeronáutica norte-americana, Dennis Muilenburg, também aceitou pagar um milhão de dólares em multas.
Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)
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