ASF debate reforma e entrega prémio de investigação

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) vai organizar, no dia 28 de setembro, uma conferência centrada no tema “A Longevidade e a Poupança para a Reforma”, a decorrer a par com a Entrega da 1ª Edição 2021/2022 do Prémio de investigação ASF.

O encontro contará com uma introdução por Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, a partir das 10h00, com transmissão, em direto, através do site da ASF.

Rui Leão Martinho irá apresentar os vencedores do Prémio de Investigação ASF.

A distinção, que tem um valor de 7500 euros, visa incentivar a produção de trabalhos de investigação científica de elevado valor para o desenvolvimento dos mercados nacionais dos seguros e dos fundos de pensões. Esta primeira edição é dedicada à Matemática, Economia e Tecnologia. Em comunicado, o supervisor anuncia que, de acordo com o regulamento, o próximo concurso anual irá destacar trabalhos nas áreas do Direito e Humanidades.

O júri da edição 2022 é constituído por individualidades oriundas da Academia, do setor dos seguros e dos fundos de pensões. O júri delibera por maioria simples, tendo cada membro direito a um voto. Não há recurso da decisão do júri e em caso de empate na votação, e o presidente dispõe de voto de qualidade. O vencedor será divulgado em julho de 2022.

O painel de debate, sob o tema “A Longevidade e a Poupança para a Reforma“, irá juntar os especialistas Maria João Valente Rosa, Professora Universitária na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/UNL), especialista em Demografia; Paulo Neto, Professor da Universidade de Évora e Coordenador da UMPP – Unidade de Monitorização de Políticas Públicas e Sandra Maximiano, Professora Universitária do ISEG, especialista em Economia Pública e Economia Comportamental. A tertúlia será moderada por Hugo Borginho, Diretor do Departamento de Análise de Riscos e Solvência ASF. Haverá ainda espaço para uma sessão de perguntas e respostas.

A temática selecionada para o encontro, centrada no futuro dos portugueses, é essencial numa altura em que, como o ECO noticiou, “As reformas da Segurança Social, passadas e futuras, vão degradar-se”.

De acordo com o último Inquérito à Literacia Financeira dos portugueses, realizado pelo Banco de Portugal e publicado em junho de 2021, apenas 24% dos inquiridos refere que poupa para a reforma (menos de um quinto). A generalidade dos entrevistados (84,5%) deposita o seu futuro nas mãos do Estado, afirmando que irá financiar a sua reforma através dos descontos para a Segurança Social ou outro regime contributivo obrigatório.