Níveis de produtibilidade de renováveis em setembro acima da média histórica
Apesar do consumo de eletricidade ter abrandado em setembro, os níveis de produtibilidade de energias renováveis ficaram acima da média histórica.
Os índices de produtibilidade de energias renováveis ficaram todos acima da média durante o mês de setembro, isto ainda que o consumo de energia elétrica tenha recuado no mesmo período.
De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pela Redes Energéticas Nacionais (REN), enquanto o consumo de eletricidade abrandou 0,3% em setembro — algo que “não acontecia desde janeiro deste ano” — os índices de produtibilidade associados às energias renováveis “foram todos favoráveis” quando comparados com a média histórica igual a 1. Segundo os dados, a produção de energia hidroelétrica foi a que mais subiu atingindo, no mês passado, 1,24, isto depois de em agosto ter-se situado em 0,48 devido à situação de seca. Já a produção de energia eólica assentou nos 1,23 e a produção solar 1,06.
Relativamente à produção de fotovoltaica, a REN assinala que esta “mantém crescimentos muito significativos, próximos dos 50%” relacionados com o aumento da potência instalada, com pontas acima de 1.300 megawatts (MW).
Feitas as contas, a produção renovável foi responsável por abastecer 44% do consumo em Portugal, enquanto a produção não-renovável representou 35% do total. Os restantes 21% corresponderam a energia importada, explica a REN.
Apesar desta evolução, os níveis de produção de energia renovável mudam quando analisados os dados dos últimos nove meses. No período de janeiro a setembro, o índice de produtibilidade hidroelétrica ficou nos 0,37, o de produtibilidade eólica em 0,96 e o de produtibilidade solar em 1,10.
Quanto aos abastecimento, a produção renovável respondeu a 45% do consumo, repartida pela eólica com 23%, hidroelétrica com 9%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 6%. A produção a gás natural abasteceu 33% do consumo, enquanto os restantes 22% corresponderam à energia importada, revela a REN.
Consumo de gás natural caiu 15%
No mercado de gás natural, o consumo evoluiu em setembro, com uma variação homóloga negativa em 15% “e, ao contrário do que se tem verificado ao longo do ano, com comportamento negativo tanto no segmento convencional, que manteve a tendência dos últimos meses, com um recuo de 22%, como no segmento de produção de energia elétrica, que este mês contraiu 5%”, informa o comunicado da entidade.
No período de janeiro a setembro, o consumo de gás natural registou uma variação homóloga negativa de 1,2%, resultado de uma quebra de 21% no segmento convencional e de um crescimento de 38% no segmento de produção de energia elétrica.
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