Prémio Nobel da Economia para Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvi
Os trabalhos de investigação em redor dos efeitos das crises financeiras levaram a Academia Sueca a laurear os três economistas com o prémios Nobel da Economia deste ano.
Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig venceram o Prémio Nobel da Economia. A Academia Real das Ciências da Suécia reconheceu que os laureados deste ano nas Ciências Económicas “melhoraram significativamente a nossa compreensão do papel dos bancos na economia, particularmente durante as crises financeiras”. Segundo os jurados do Prémio Nobel, “uma descoberta importante na sua investigação é a razão pela qual é vital evitar o colapso dos bancos”.
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Os membros do júri do Prémio Nobel revelam que as bases da investigação dos três economistas desenvolvida na década de 1980 tiveram um impacto significativo para a investigação bancária moderna que reconhece a importância dos bancos na economia e de que os seus colapsos têm uma enorme probabilidade de alavancarem as crises financeiras. “Os conhecimentos dos laureados melhoraram a nossa capacidade de evitar tanto crises graves como resgates dispendiosos”, diz Tore Ellingsen, presidente do Comité do Prémio em Ciências Económicas.
Em comunicado, a Academia Real das Ciências da Suécia revela que os trabalhados desenvolvidos pelos académicos Diamond e Dybvig contribuíram para implementar o papel de intermediário dos bancos entre aforradores e investidores na canalização do dinheiro para a economia. Além disso, a Academia sublinha que Diamond e Dybvig, formados pela Universidade de Yale, contribuíram para mostrar como os bancos podem ser alvos bastante vulneráveis a rumores sobre a sua solidez em virtude de episódios de pânico por parte dos aforradores em períodos de maior instabilidade. “Se um grande número de aforradores correr simultaneamente para o banco para levantar o seu dinheiro, o boato pode tornar-se numa profecia auto-realizada – ocorre uma corrida ao banco e o banco desmorona-se”.
A Academia, que atribui o Prémio Sveriges Riksbank em Ciências Económicas (mais conhecido por Prémio Nobel da Economia) em memória de Alfred Nobel, destaca que os trabalhos de Diamond e Dybvig ajudaram a dar resposta a estas dinâmicas perigosas, revelando que podem “ser evitadas através do fornecimento de seguros de depósito por parte do governo e da atuação como emprestador de último recurso aos bancos.”
Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) entre 2006 e 2014, esteve no centro do furacão da crise financeira de 2008 que culminou com a falência do Lehman Brothers, um dos maiores bancos de investimento dos EUA. A Academia sueca lembra que Bernanke, formato pelo Massachusetts Institute of Technology, tem vários trabalhos sobre a Grande Depressão de 1930, a maior crise financeira da história, e “entre outras coisas, mostrou como as corridas aos bancos foram um fator decisivo para que a crise se tornasse tão profunda e prolongada.”
O prémio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 914 mil euros) do Prémio Sveriges Riksbank em Ciências Económicas será partilhado em iguais montantes pelos três laureados.
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