17 em 195 associados da APED comprometem-se com zero emissões até 2040

Assentes nos critérios de ambiente, social e de governança, foram 17 as empresas que se comprometeram com o roteiro da APED com rumo à descarbonização do setor até 2040.

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) assinou esta quinta-feira um roteiro para a descarbonização do setor. Até esta quinta-feira, 17 de empresas comprometeram-se com este objetivo, mas a ideia, revela a APED ao ECO/Capital Verde, “é que este número aumente ao longo do tempo, com muitas mais empresas a aderirem a esta iniciativa”. A APED conta 195 associados.

As empresas estão cada vez mais conscientes para o papel que têm junto da sociedade e estão atentas ao impacto que a sua atividade pode ter a curto, médio e longo prazo. Não se trata de uma tendência. As empresas começam a despertar para as políticas de ESG [ambiente, social e de governança] e, em concreto, para as implicações concretas que têm na sua operação, no relacionamento com os seus públicos, sejam clientes, fornecedores ou até entidades financiadoras”, explica o diretor-geral da associação, Gonçalo Lobo Xavier, ao ECO/Capital Verde.

Nesse sentido, a APED, em colaboração com a consultora PwC, elaborou um Roteiro para a Descarbonização do Setor da Distribuição que garante espelhar “a vontade deste setor em ser ativo na resposta aos desafios climáticos”. Portugal, como todos os países da União Europeia, tem um conjunto de compromissos “muito relevante” para as próximas décadas e o que a APED pretende “é que este roteiro seja uma referência para os associados no que diz respeito às recomendações e prioridades de atuação”.

Apesar deste novo compromisso, a APED garante que nos últimos 10 anos os associados têm implementado medidas que promovam a descarbonização da economia, nomeadamente medidas de ecoeficiência, que permitiram uma redução de 30% no consumo de eletricidade por metro quadrado de área de venda, o investimento do setor na produção própria de energia renovável, o fomento da mobilidade sustentável e a adoção de modelos circulares de produtos e serviços, com enfoque em práticas de ecodesign e de gestão de resíduos.

Gonçalo Lobo Xavier admite que “é muito fácil falar”, mas “concretizar e ter ações muito específicas é que exige muito das empresas e a APED assume essa responsabilidade”. Assim, este roteiro é “uma orientação para os associados subscritores assumirem o compromisso de trabalharem em conjunto para contribuir para a ambição coletiva, através de vários princípios comuns: visão, a ação, a responsabilidade e a colaboração”, defende o diretor-geral.

“Em termos de volume de negócios, estas empresas que já estão comprometidas e que vão assinar hoje este compromisso representam já 81% do volume de negócios que a APED assume e já estão presentes em 54% das lojas de retalho” revelou à agência Lusa a entidade, acrescentando queas empresas associadas da APED, representam 11% do PIB do país”.

Segundo a nota divulgada, este roteiro tem “compromissos e objetivos mínimos claros” de curto (2025), médio (2030) e longo (2040) prazo, em que existem vários pilares de atuação, desde a questão climática, ‘governance’, redução de emissões, sustentabilidade, entre outras.

“Assumimos o roteiro como um ponto de partida e não um ponto de chegada“, acrescenta o resposável ao ECO/Capital Verde. “Este é um percurso longo, mas é essencial dar “o pontapé de saída” e levar o maior número possível de parceiros a acompanharem esta jornada para ser possível multiplicar os efeitos positivos a nível económico, social e ambiental”.

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