Costa “muito satisfeito” após encontro com Sanchéz e Macron sobre gasoduto

Os três líderes europeus encontraram-se antes da reunião do Conselho Europeu para debater o projeto Midcat, o gasoduto ibérico com ligações a França e ao resto da Europa.

O primeiro-ministro, António Costa, ficou “muito satisfeito” com o resultado da reunião, em Bruxelas, com o seu homólogo espanhol, Pedro Sanchéz, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a crise energética e as ligações da Península Ibérica com França para o transporte de energia.

“Estou muito satisfeito”, disse Costa aos jornalistas, à saída do encontro, remetendo mais declarações para quando entrar para a reunião do Conselho Europeu, que arranca às 15:00 e termina na sexta-feira.

Lisboa e Madrid têm persistido no avanço do projeto de um novo gasoduto nos Pirenéus, conhecido como MidCat, para transporte de gás e, no futuro, de hidrogénio, ajudando a reduzir a dependência do fornecimento russo.

O tema foi discutido também esta quarta-feira em Assembleia da República. Durante a sua intervenção, no debate preparatório do Conselho Europeu, que decorre esta quinta e sexta-feira em Bruxelas, António Costa defende ser “necessário reforçar as “interconexões entre Estados” que permitam a criação de “um verdadeiro mercado europeu”, nomeadamente, o gasoduto que liga Portugal e Espanha à Europa, através de França.

“Um mercado único gera vantagens para todos. Haver uma parte da Europa excluída é uma desvantagem. Como temos verificado ao longo destes anos, as circunstâncias têm mostrado que um aumento das interconexões aumenta o apoio que é necessário ter”. A título de exemplo, o primeiro-ministro refere que a França, que tem “uma grande capacidade de produção de energia com base na energia nuclear” revelou ser “um forte importador de energia produzida na Península Ibérica ou canalizada a partir da Península Ibérica”.

Se as interconexões fossem maiores, França estaria hoje a receber mais energia”, frisou em resposta aos deputados, acrescentando à lista de países beneficiadores de um reforço das interconexões ibéricas com o resto da Europa seriam, também, a Alemanha, República Checa e a Polónia.

A Alemanha, a maior economia da União Europeia (UE) e energeticamente muito dependente da Rússia, já manifestou apoio ao projeto, mas o MidCat conta com a oposição de França, que invoca questões ambientais e de rentabilidade, alegando ainda que o gasoduto não estará pronto a curto prazo.

Em resposta à invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, a UE adotou já oito pacotes de sanções à Rússia, incluindo cortes nas importações de gás e petróleo.

Notícia atualizada às 12h05 com novas informações da Lusa

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