Preços da energia subiram em toda a UE no primeiro semestre

Na primeira metade do ano, os preços do gás e da eletricidade subiram em toda a União Europeia. Em Portugal, embora o preço do gás tenha subido quase 10%, a luz ficou 1% mais barata.

Os preços energéticos aumentaram em toda a União Europeia no primeiro semestre deste ano, quando comparado com o do ano anterior. Enquanto a eletricidade subiu de 22 euros por 100 kWh para 25,3 por 100 kWh, o preço do gás escalou de 6,4 euros por 100 kWh para 8,6 euros na primeira metade de 2022. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, a escalada dos preços energéticos no bloco europeu foi, em grande parte, potenciada pela invasão russa da Ucrânia.

Apesar de os preços terem vindo a aumentar, os 27 Estados-membros, em colaboração com o executivo comunitário, têm desenhado medidas que visam mitigar os impactos nos orçamentos das famílias, o que permitiu reduzir também o peso dos impostos e taxas nas contas finais da luz e do gás na primeira metade do ano, quando comparado com o ano anterior. Em comparação com o primeiro semestre de 2021, a participação dos impostos na conta de luz caiu “acentuadamente” de 39% para 24% (-15,5%) e na conta de gás de 36% para 27% (-8,6%), revela o gabinete de estatísticas europeu.

Portugal entre os países onde a eletricidade ficou mais barata. Gás subiu 10%

Mas mesmo com as ajudas, houve países que sentiram mais custos do que outros. Por exemplo, na República Checa o aumento no preço da eletricidade foi de 62%, situando-se à frente da Letónia (+59%) e a Dinamarca (+57%).

Em sentido contrário, os dados revelam que as maiores quedas verificaram-se nos Países Baixos (-54%), Eslovénia (-16%), Polónia (-3%) e Portugal e Hungria, ambos com uma queda de 1%. “As quedas nos Países Baixos, Eslovénia e Polónia estão relacionados com a subsídios e concessões governamentais, enquanto na Hungria os preços são regulados”, explica o Eurostat.

Em euros, a entidade revela que os preços médios da eletricidade doméstica no primeiro semestre de 2022 foram mais baixos na nos Países Baixos (5,9 euros por 100 kWh), Hungria (9,5 euros) e Bulgária (10,9 euros) e mais altos na Dinamarca (45,6 euros), Bélgica (33,8 euros), Alemanha (32,8 euros) e Itália (31,2 euros).

Os preços do gás natural também pressionaram 23 dos 24 Estados-membros para os quais existem dados disponíveis. Na Estónia, a escalada foi de 154%, ao passo que na Letónia e Bulgária, os preços subiram 110% e 108%, respetivamente. Em Portugal, a subida foi de 9,8%. Só na Hungria, onde os preços são regulados, é que o gás ficou mais barato para os consumidores domésticos (-0,5%).

Expressos em euros, os preços médios do gás doméstico no primeiro semestre de 2022 foram mais baixos na Hungria (2,9 euros por 100 kWh), Croácia (4,1 euros) e Letônia (4,6 euros) e mais altos na Suécia (22,2 euros), Dinamarca (16,0 euros) e Holanda (12,9 euros).

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