Lucro da Endesa mexe pouco. Foi de 1.469 milhões até setembro
O EBITDA aumentou 11% em relação ao ano anterior para 3.472 milhões de euros, “sustentado pelo forte desempenho do negócio da geração”, relata a Endesa.
A Endesa registou um lucro de 1.469 milhões de euros os primeiros nove meses do ano, apenas mais 0,7% que no mesmo período do ano anterior, “num ambiente de mercado mais complexo e volátil do que no primeiro semestre do ano”, indica a empresa.
O EBITDA aumentou 11% em relação ao ano anterior para 3.472 milhões de euros, “sustentado pelo forte desempenho do negócio da geração”. Esta melhoria compensa tanto o ambiente de preços desafiante que afeta o negócio de fornecimento como o ebitda mais baixo do negócio da rede. Já tendo em conta o efeito positivo extraordinário da venda parcial do negócio da mobilidade eléctrica, o EBITDA cresceu 19% e o lucro líquido consolidado 13%.
No terceiro trimestre do ano, o preço médio do pool de electricidade na Península Ibérica (incluindo o custo de compensação do limite de gás) foi superior a 300 euros por megawatt-hora, mais de 150% mais elevado do que no mesmo trimestre de 2021. “Um nível de preços decisivamente influenciado pelo pico histórico registado no índice de referência do gás europeu (TTF) no final de Agosto (acima dos 300 euros/MWh)”, explica a empresa.
“A aplicação da excepção ibérica, apesar de tudo isto, manteve os preços da electricidade sob controlo em comparação com os níveis médios alcançados nos mercados europeus acima mencionados, que estabeleceram recordes históricos devido ao aumento do gás: Alemanha (375 euros MW/h), França (429 euros), Itália (472 euros) e Reino Unido (345 euros)”, reconhece, contudo, a Endesa, depois de o presidente da empresa em Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, ter lançado o alarme em relação a este mecanismo, indicando que faria disparar os preços da conta da luz em pelo menos 40%.
A empresa dá ainda conta que 100% da nova capacidade de energia renovável prevista para o ano já está operacional ou em construção para entrar em funcionamento antes do final do ano. Quanto aos planos para executar até ao final de 2024, estão “no bom caminho”.
A Endesa regista ainda um ganho líquido de 1,2 milhões de clientes de eletricidade domésticos e comerciais no mercado livre em comparação com setembro de 2021, atingindo 6,8 milhões. Como resultado, o número total de clientes cresceu 4% para 10,6 milhões. A rede de pontos de carregamento para veículos eléctricos totalizou 12.000 no final de setembro, um aumento de 43% em relação ao ano anterior.
O investimento nos primeiros nove meses foi de 1.477 milhões, mais 20% que em igual período do ano anterior, dos quais 73% foram em energias renováveis e na rede de distribuição.
“A empresa aprovará várias operações com a empresa-mãe Enel na próxima reunião extraordinária de accionistas no dia 17 para reforçar a sua posição nos mercados internacionais do gás, bem como para reforçar a sua posição face a novos picos de extrema volatilidade”, escreve, ainda, a Endesa.
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