Certificados de Aforro superam Certificados do Tesouro

As subscrições líquidas de Certificados de Aforro aumentaram 9,6% em outubro para mais de 16 mil milhões de euros, superando pela primeira vez em cinco anos os Certificados do Tesouro.

A popularidade dos Certificados de Aforro entre os pequenos investidores continua a crescer. Em outubro, o stock da dívida do Estado nestes instrumentos engordou 1,4 mil milhões de euros, cerca de 9,6% face a outubro, para mais de 16 mil milhões de euros, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. É o valor absoluto mais elevado em 12 anos.

Desde dezembro de 1998 (valores máximos da série do Banco de Portugal) que não se assistia a um aumento mensal tão expressivo nas subscrições por Certificados de Aforro. Mas a corrida dos pequenos investidores por este instrumento de dívida da República desenhado exclusivamente para o retalho não arrancou em outubro. Desde junho, as subscrições líquidas (subscrições menos amortizações) de Certificados de Aforro aumentaram 25%.

A razão do aumento da popularidade dos Certificados de Aforro entre os aforradores está na subida (quase) exponencial da taxa de juro: se em junho a taxa de juro bruta para novas subscrições e capitalizações de Certificados de Aforro da Série E (a série que está atualmente em vigor) era de 0,63%, atualmente é de 2,49%.

Fonte: IGCP.

Num crescimento mais moderado estão os Certificados do Tesouro. Em novembro, as subscrições líquidas caíram pelo 12.º mês consecutivo, levando o stock da dívida direta do Estado nestes instrumentos para 15,8 milhões de euros, o valor mais baixo desde junho de 2018.

Estes dois movimentos fizeram com que em outubro o volume de Certificados de Aforro superasse os Certificados do Tesouro pela primeira vez desde fevereiro de 2017.

Mas como o ritmo de crescimento dos Certificados de Aforro tem sido mais elevado que a contração dos Certificados do Tesouro, também em outubro se atingiu um outro recorde. Desta feita do do stock da dívida direta do Estado em Certificados, como resultado de um saldo de 31,85 mil milhões de euros, 2,2% mais que em setembro.

Fonte: Banco de Portugal e IGCP. Valores em milhões de euros.

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