PS, PSD e PCP aprovam ida de Marcelo ao Qatar

Depois de declarações polémicas, Marcelo Rebelo de Sousa pediu autorização ao Parlamento para se deslocar ao Qatar, no âmbito do campeonato do mundo de futebol.

A ida do Presidente da República ao Qatar, entre 23 e 25 de novembro, para assistir ao primeiro jogo da seleção no campeonato mundial de futebol, foi aprovada esta segunda-feira na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, com os votos a favor de PS, PSD e PCP e a abstenção do Chega. A deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa, envolta em polémica, sobretudo após as declarações em que aparentava desvalorizar a violação de direitos humanos naquele país, ainda será votada na terça-feira no plenário da Assembleia da República.

Os líderes parlamentares do PS e PSD já tinham dito, na passada sexta-feira, que dariam o aval à deslocação do Chefe de Estado ao Qatar, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter pedido autorização ao Parlamento. Nesse pedido, segundo o próprio detalhou, explicou que, “tradicionalmente”, Portugal se tem deslocado aos países onde acontecem os jogos do Mundial e ainda que tem prevista uma deslocação ao Egito para se encontrar com o seu homólogo egípcio.

Na passada quinta-feira, quando questionado sobre a deslocação, o Presidente afirmou: “O Qatar não respeita os direitos humanos. Mas, enfim, esqueçamos isto”. Estas declarações provocaram críticas de vários quadrantes políticos, por desvalorizarem a violação dos direitos humanos no país que é anfitrião do mundial.

Explicando depois as declarações polémicas, o Chefe de Estado afirmou que existem “vários fatores importantes” que justificam a deslocação, onde Portugal vai competir para o Mundial. “Ontem, tomei iniciativa de falar dos direitos humanos, em termos de liberdade das pessoas”, disse Marcelo, mas diferenciou “outro [ponto] mais específico”, que são “os direitos humanos dos trabalhadores na construção do estádio”. “É uma situação dramática”, disse.

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