Construção revela “elevada resiliência”, apesar de crescimento abrandar até setembro
Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) destaca “elevada resiliência” num contexto de “forte incerteza”.
O investimento e o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da construção aumentaram 0,8% e 1,1% até setembro, em termos homólogos, abrandando a tendência de crescimento, mas evidenciando a “elevada resiliência” num contexto de “forte incerteza”, segundo a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).
Na informação rápida da ‘Conjuntura da Construção’, hoje divulgada, a AICCOPN destaca que estas variações, “apesar de revelarem um abrandamento na tendência de crescimento, demonstram, uma vez mais, a elevada resiliência do setor num período de forte incerteza, marcado por um aumento acelerado da inflação, pela subida das taxas de juro e por um atraso no lançamento das obras públicas previstas”.
Até ao final do terceiro trimestre de 2022, registou-se um aumento da área licenciada pelas autarquias, face a igual período do ano transato: Nos edifícios habitacionais, o acréscimo de 0,4% foi acompanhado por um crescimento de 2,8% no número de fogos licenciados em construções novas, que totalizam 22.774, enquanto nos edifícios não residenciais o aumento da área licenciada foi de 5,3%.
Em setembro, o índice de custos de construção de habitação nova aumentou 13,4% em termos homólogos, mais 0,9 pontos percentuais que no mês anterior, traduzindo variações homólogas de 18,6% no índice relativo à componente de materiais e de 6,1% no índice relativo à componente de mão-de-obra.
Já as novas operações de crédito à habitação realizadas pelas instituições financeiras aumentaram 8,9% até final de setembro, em termos homólogos, para 12.300 milhões de euros, enquanto o consumo de cimento no mercado nacional totalizou 3.235 milhares de toneladas até de outubro, um crescimento de 1,6%, face ao mesmo período de 2021.
De acordo com a AICCOPN, no mercado das obras públicas verificou-se “uma evolução menos negativa, quer nos concursos promovidos, quer nos celebrados”: Nos primeiros 10 meses de 2022 o volume de concursos de empreitadas de obras públicas promovidas apresenta uma redução homóloga de 10,8% (face a -15,9% no mês anterior) e o volume de contratos celebrados e registados no Portal Base regista uma variação homóloga temporalmente comparável de -31,6%2 (foi de -36,5% no mês anterior).
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