Mau tempo: Loures com mais de 20 milhões de prejuízos
A Câmara de Loures estima um valor acumulado de prejuízos considerando os efeitos do mau tempo entre os dias 07 e 08 de dezembro e na terça-feira.
A Câmara de Loures estima que os prejuízos das fortes chuvas que afetaram o concelho desde a semana passada ascendam a “mais de 20 milhões de euros”, disse esta quarta-feira à Lusa fonte oficial da autarquia. Trata-se, indicou a fonte, de um valor acumulado considerando os efeitos do mau tempo entre os dias 07 e 08 de dezembro e na terça-feira.
Após mais uma noite de intensas chuvas, o presidente do município, Ricardo Leão (PS), tinha já referido na terça-feira de manhã que os prejuízos eram da ordem dos milhões de euros. O autarca acompanhou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, numa visita a zonas do concelho afetadas pelo mau tempo.
A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.
O distrito de Lisboa tinha já sido fortemente atingido por chuvadas na semana passada. Loures foi um dos municípios onde o impacto foi mais visível, com inundações e cheias em vias públicas, estabelecimentos e casas, e alguns deslizamentos de terras, quedas de muros e de árvores.
O município registou na terça-feira mais de 160 ocorrências e teve no terreno mais de 400 operacionais, contabilizando 12 desalojados, acompanhados pelos serviços camarários. As maiores inundações ocorreram em zonas habitualmente sensíveis, como a Baixa de Loures, a Flamenga e a Ponte de Frielas.
Fanhões, Lousa e Unhos foram zonas afetadas por quedas de terras, taludes e muros de contenção, que ocorreram sobretudo em áreas mais isoladas, com poucas habitações, com consequências ao nível da interdição de vias. Hoje de manhã, a câmara anunciou que vai dotar o Fundo de Emergência Municipal com um milhão de euros, para apoio a famílias e comerciantes.
As famílias a apoiar – precisou a autarquia, em nota de imprensa – serão “aquelas cujo recheio das habitações ficou destruído pela intempérie dos últimos dias”. Não foram dados detalhes acerca do apoio a conceder aos comerciantes.
O município recordou que, nos últimos dias, investiu “mais de 700 mil euros, ao abrigo do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil”, e que esse montante foi “gasto em maquinaria e empreitadas que visam a estabilização de taludes e a desobstrução de vias”.
A autarquia disponibiliza duas linhas telefónicas: uma para a comunicação de ocorrências (800 966 112) e outra para apoio municipal (800 100 176). Esta quarta, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou um total de 83 desalojados no país devido ao mau tempo de terça-feira.
Segundo Mariana Vieira da Silva, o Governo quer fazer o levantamento dos prejuízos nos concelhos afetados até ao final do ano para desenhar os apoios o mais rapidamente possível.
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