Estado apoiou 43 mil empresas do turismo com 2,8 mil milhões de euros desde a pandemia

Desde o início de 2020 foram disponibilizados cerca de 800 milhões de euros a fundo perdido para o turismo. Nova linha chega em janeiro para abranger, no mínimo, 2.000 empresas.

O turismo foi o setor mais afetado pela pandemia, com várias empresas a fechar portas. Isso levou o Governo a lançar uma série de linhas de apoio, incluindo ajudas a fundo perdido, para permitir aos empresários ultrapassarem os tempos difíceis. Desde o início de 2020, quando a Covid apareceu, já foram destinados 2,8 mil milhões de euros para este setor, dos quais 800 milhões de euros a fundo perdido. Em janeiro chega mais uma linha de apoio.

“No contexto das medidas de apoio financeiro lançadas durante o período da pandemia, 42.995 empresas do setor do turismo beneficiaram de apoios, no valor global de 2,8 mil milhões de euros”, adiantou fonte oficial do Ministério da Economia ao ECO. Deste montante, cerca de 800 milhões de euros foram atribuídos a fundo perdido.

Sem referir o número de linhas de apoio lançadas nestes anos, a mesma fonte indica que estas ajudas chegaram através de “linhas lançadas pelo Banco Português de Fomento, em articulação com o Turismo de Portugal e com os bancos, assim como o Programa Apoiar e a Linha de Apoio à Tesouraria das Micro e Pequenas Empresas do Turismo – Covid 19″.

Nova linha de 30 milhões deverá ser aprovada até ao final do ano

Em janeiro, já sob a tutela do novo secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, será lançada uma nova linha de apoio – Linha Consolidar + Turismo –, com uma dotação de 30 milhões de euros. Esta linha será destinada “às micro e pequenas empresas do setor, que apresentem dificuldades em gerir dívida contraída, designadamente, durante a pandemia“, explicou o secretário de Estado.

“Esta medida, reclamada pelo setor, permitirá a estas empresas aliviar a gestão da respetiva dívida, relativamente ao ano de 2023, criando também condições para uma gestão mais saudável da sua tesouraria“, diz fonte oficial do Ministério da Economia, ao ECO.

A linha está, “neste momento, a ser formatada” e o objetivo é ser “formalmente aprovada até ao fim ano e ter início de vigência nos primeiros dias de janeiro”. Sem adiantar quais os critérios de acesso, a mesma fonte explica que as empresas terão de ser “economicamente viáveis” e, ao mesmo tempo, demonstrarem a “necessidade de apoio para a gestão da respetiva dívida”.

A ideia é dar às empresas a “possibilidade de se financiarem junto do Turismo de Portugal, sem juros, para suportar uma parte das prestações de reembolso de linhas Covid-19 com vencimento em 2023”. Com esta nova linha, o Ministério espera ajudar, “no mínimo, 2.000 empresas” do setor do turismo.

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