Costa pede desculpa por “expressão infeliz” em relação a Carlos Moedas

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

"Fiz um à parte irritado, não devia ter feito e peço desculpa", disse o primeiro-ministro diz que lamenta a "expressão infeliz, depois de quase 14 horas de reunião" no Conselho Europeu.

O primeiro-ministro pediu esta sexta-feira desculpa pela “expressão infeliz” que usou em reação a uma pergunta sobre as razões para não ter contactado o presidente da Câmara de Lisboa após as inundações ocorridas nos últimos dias.

Na quinta-feira à noite, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, o primeiro-ministro foi questionado sobre as razões que o levaram a não efetuar qualquer contacto com o presidente da Câmara de Lisboa, depois de a capital portuguesa ter registado grandes inundações em consequência de fortes chuvas.

Já após essa conferência de imprensa, sem microfone, desabafou junto dos jornalistas: “Posso perguntar porque é que ele [Carlos Moedas] não me telefonou a mim quando tive a minha casa inundada”.

Esta sexta, após ter participado na sessão de apresentação do apoio extraordinário para o setor social e solidário, em Lisboa, o líder do executivo falou sobre esse episódio. “Tive ontem [quinta-feira] uma expressão infeliz, depois de quase 14 horas de reunião. Fiz um à parte irritado, não devia ter feito e peço desculpa”, declarou.

Questionado se já sentiu a necessidade de se retratar junto de Carlos Moedas, o primeiro-ministro respondeu: “Acho que ele próprio já disse que estava o assunto encerrado”.

O primeiro-ministro afirmou ainda que não tem ainda previstas visitas a locais atingidos pelas inundações, realça que não tem o dom da ubiquidade e que o Governo é uma equipa e está a acompanhar a situação. “Neste momento, não tenho previsto”, disse

Costa referiu que “o Governo é uma equipa e, portanto, as ministras da Coesão Territorial [Ana Abrunhosa] e da Presidência [Mariana Vieira da Silva] têm estado em várias áreas”. “O Governo tem estado em contacto permanente com os autarcas. Nem sempre posso estar, não tenho o dom da ubiquidade. Portanto, tenho que me dividir onde devo estar em cada momento e, felizmente, conto com um Governo que é todo ele uma equipa” alegou.

De acordo com o primeiro-ministro, “o Governo organizou-se para responder desta forma e tem estado a trabalhar com as diferentes autarquias, com associações, em particular de comerciantes, porque há muitos estabelecimentos comerciais afetados pela situação”. “Os danos estão a ser identificados e a Proteção Civil respondeu de modo adequado e de acordo com os diferentes escalões que estão definidos”, sustentou.

Já sobre a expressão que usou em relação à Iniciativa Liberal, numa entrevista à revista Visão, falando em “queques que guincham”, António Costa disse tratar-se de “uma expressão coloquial”.

“Essa ideia de que os primeiros-ministros são uma espécie de bonecos de feira, a quem se atiram bolas e que têm de apanhar e de engolir, na vida não é assim. Foi uma resposta que era até um certo elogio ao doutor Cotrim Figueiredo”, declarou, numa alusão ao líder cessante da Iniciativa Liberal.

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