Fundos ESG encolhem pela primeira vez em mais de dez anos
Houve mais dinheiro a sair do que a entrar nos fundos ESG este ano, respeitando a tendência dos fundos não-ESG. O desempenho dos fundos verdes também ficou abaixo do dos fundos não-ESG.
Em 2022, houve mais dinheiro a sair do que a entrar nos fundos classificados como sustentáveis. Este desencontro aconteceu este ano pela primeira vez em mais de uma década, conta a Reuters.
Foram retirados 13,2 mil milhões de dólares de ações, obrigações e produtos multiativos até ao final de novembro, de acordo com os dados da Refining Lipper, marcando a primeira quebra desde 2011, na ordem dos 29%. Nos fundos não sustentáveis, contudo, observou-se a mesma tendência, com 420 mil milhões de dólares retirados em 11 meses, uma descida de 21%.
De acordo com a mesma agência noticiosa, os fundos sustentáveis foram impactados pela guerra na Ucrânia, que ditou turbulência nos mercados, assim como uma quebra no apoio político à indústria. Mas houve mais consequências negativas, além da retirada do investimento.
Ao mesmo tempo, os fundos ESG – focados em propósitos ambientais (E), sociais (S) e de governança (G) – apresentaram um pior desempenho do que os fundos não sustentáveis pela primeira vez em cinco anos. Perderam 18%, contra os menos 15,8% dos fundos nãp ESG.
O abalo nestes fundos também decorreu de um menor número de emissões verdes por parte das empresas ao longo deste ano, pelo que “2023 também pode mostrar-se difícil”, escreve a Reuters.
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