Biden diz a Zelensky que “nunca ficará só”
O presidente dos EUA, ao lado do homólogo ucraniano, disse que sabia que o "Putin não tinha qualquer intenção de terminar esta guerra".
Joe Biden garantiu esta quarta-feira, em conferência de imprensa ao lado do presidente ucraniano, que os EUA “nunca o vão deixar sozinho” na guerra. Aos 300 dias de uma “ofensiva não provocada”, o presidente norte-americanos disse, na Casa Branca, que era “ultrajante” o que Vladimir Putin está a fazer e que sabia que o presidente russo “não tinha qualquer intenção de terminar esta guerra”.
Esta é a primeira vez que o líder sai de território ucraniano desde o início da invasão, a 24 de fevereiro, e coincide com o anúncio feito pela Casa Branca poucas horas antes do seu avião aterrar. O país liderado por Biden irá fornecer ajuda militar à Ucrânia no valor de 1,85 mil milhões de dólares (cerca de 1,75 mil milhões de euros).
Os EUA estarão “ao lado” de Kiev o “tempo que for preciso”, disse Biden, que vai conseguir aprovar a ajuda no Congresso – ainda sob maioria democrata, apesar da Câmara dos Representantes ter-se inclinado para os republicanos nas intercalares de novembro. No entanto, já muitos republicanos avançaram que irão votar contra esta ajuda e não estarão mesmo presentes quando Zelensky se dirigir ao Congresso.
O pacote de auxílio inclui mil milhões de dólares em armas e equipamentos dos stocks do Pentágono, incluindo a primeira transferência do sistema de defesa aérea Patriot. Este sistema, segundo Zelensky, vai reforçar “significativamente” as defesas ucranianas.
O presidente ucraniano considerou ainda que a paz precisa ser discutida desde que esteja garantida a “soberania e integridade territorial” da Ucrânia e pagos as “reparações de guerra”.
A Ucrânia receberá ainda 850 milhões de dólares em financiamento através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI, na sigla em inglês).
Parte da USAI será usada para financiar um sistema de comunicações por satélite, que provavelmente incluirá o Starlink, o crucial sistema de rede de satélites da SpaceX, de propriedade de Elon Musk.
Zelensky e a sua comitiva chegaram aos Estados Unidos pelas 17h45, tendo o avião aterrado na Base Aérea de Andrews. Depois seguiram para Blair House, a residência onde os convidados estrangeiros costumam ser recebidos. No local, fortemente policiado, foi hasteada a bandeira ucraniana.
Segundo um alto funcionário da Administração Biden, com esta visita, o líder ucraniano irá tentar obter ainda mais apoios para o seu país por parte dos Estados Unidos, aproveitando para “enviar uma mensagem desafiante aos invasores russos”.
(Notícia atualizada às 21h54 com mais informação)
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