Lagarde dá boas-vindas à Croácia e destaca esforços do país para entrar na Zona Euro

  • Lusa
  • 1 Janeiro 2023

Durante duas semanas após a introdução do euro, tanto kunas como euros (moedas e notas) têm de ser aceites como meio de pagamento na Croácia.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, deu as boas-vindas à Croácia e enalteceu o compromisso do país, que hoje se tornou no 20.º Estado na Zona Euro.

“Para nós, no BCE, este dia de Ano Novo é particularmente importante porque damos as boas-vindas a um novo membro na nossa família: a Croácia”, disse Lagarde num vídeo partilhado na plataforma social Twitter.

Na sua mensagem de Ano Novo, a líder do BCE destacou que a Croácia “tem demonstrado um empenho incrível em cada passo do caminho para se juntar à família do Euro” e acrescentou que ter o país a juntar-se à instituição é “uma verdadeira alegria”.

Lagarde disse ainda que o Euro “é uma família feliz”, mas que tem de enfrentar problemas “de vez em quando”.

“Agora estamos a combater a inflação, como devemos, e vamos continuar a fazê-lo, mas o que é importante é que somos os guardiões do Euro, que é a divisa que nos une, que nos junta. E como presidente do BCE, posso assegurar-vos que vamos continuar a trabalhar arduamente como guardiões do Euro para garantir que temos estabilidades dos preços e financeira, apesar dos choques e das dificuldades que estamos a enfrentar”, defendeu.

A Croácia entrou neste domingo no euro, tornando-se no vigésimo país da União Europeia (UE) a partilhar a moeda única, e passa a integrar o espaço Schengen de livre circulação.

A Croácia abandonou assim a sua moeda nacional, a kuna, tendo a taxa de conversão sido fixada em 7,5345 kunas por cada euro.

Segundo o BCE, até final de 2023, todos os bens e serviços têm de ser indicados em kunas e em euros. Já durante duas semanas após a introdução do euro, tanto kunas como euros (moedas e notas) têm de ser aceites como meio de pagamento.

Em 2022, a moeda única celebrou os 20 anos de circulação física. Desde 1999 o euro já circulava como divisa nos mercados financeiros, mas só em 01 de janeiro de 2002 chegou aos bolsos dos consumidores.

A adesão ao Euro implica que o Estado-membro da União Europeia tem de cumprir compromissos económicos e financeiros, caso de inflação baixa e finanças públicas sólidas.

A Croácia tem quatro milhões de habitantes e um importante setor turístico. Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) ‘per capita’ (por habitante) ficou 30% abaixo da média da UE (em 2021, o de Portugal foi 26% abaixo da média comunitária).

Apesar dos benefícios que economistas anteveem na adesão ao euro, desde logo porque a maioria do comércio externo é com países da zona euro, os habitantes temem que a adoção do euro aumente ainda mais o preço dos produtos e serviços. Em novembro, a taxa de inflação da Croácia foi de 13,5%.

A Croácia viveu em guerra entre 1991 e 1995 no seguimento da declaração da independência face à Jugoslávia. O país pediu adesão à UE em 2003 e aderiu em 01 de julho de 2013.

O país passa também a partir de hoje a integrar o espaço Schengen de livre circulação na União Europeia, que permite a 420 milhões de pessoas viajarem livremente entre os países membros sem passar por controlos fronteiriços, sendo este o oitavo alargamento e o primeiro ao fim de 11 anos.

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