Proprietários e inquilinos elogiam criação de um Ministério da Habitação
As associações de inquilinos e proprietários dizem ser "positiva" a criação de um ministério da Habitação e o nome escolhido permite “manter a continuidade” do trabalho que vinha a ser feito.
O presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP), António Frias Marques, vê vantagens na criação de um ministério próprio para a Habitação, tendo em conta a “tarefa ciclópica” e os vários problemas desta área.
“Considero positivo que seja criado um Ministério da Habitação, [já] que a tarefa é de tal maneira ciclópica que não é demais haver um ministério próprio”, disse à Lusa António Frias Marques reagindo ao facto de o primeiro-ministro ter decidido dividir em dois ministérios as pastas (das Infraestruturas e da Habitação) até aqui tuteladas por Pedro Nuno Santos.
O presidente da ANP aguarda com expectativa os resultados desta mudança na orgânica do Governo, mas salienta que, tendo em conta “que a equipa é a mesma, as expectativas são baixas”, numa alusão ao facto de a até aqui secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, ser o nome escolhido para liderar o novo ministério.
“A habitação é um problema de tal maneira premente que não é com edifícios de papel que se resolve”, disse o responsável, referindo-se aos vários programas ou políticas lançadas nos últimos anos, manifestando esperança de que possa agora verificar-se uma “mudança de paradigma”.
Já o presidente da Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL), Romão Lavadinho, considerou ser “positivo” que a habitação passe a ter um ministério dedicado, elogiando ainda a escolha de Marina Gonçalves para ministra da pasta. “Achamos positiva esta divisão [das pastas], já que se trata de um ministério que gere temas muito complexos”, disse à Lusa o presidente da AIL, numa reação à remodelação do Governo que resultou da saída de Pedro Nuno Santos do Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
Romão Lavadinho vê também vantagens no facto de o primeiro-ministro, António Costa, ter indicado a até agora secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, para ministra da Habitação, referindo que esta opção permite “manter a continuidade” do trabalho que vinha a ser feito nesta área, sem “interrupções”.
O primeiro-ministro, António Costa, propôs esta segunda os atuais secretários de Estados João Galamba e Marina Gonçalves, respetivamente para as funções de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação. Com esta opção, o líder do executivo separa as pastas das Infraestruturas e da Habitação, áreas que até agora foram acumuladas pelo ministro cessante Pedro Nuno Santos.
Neste XXIII Governo Constitucional, João Galamba tem desempenhado as funções de secretário de Estado do Ambiente e da Energia, enquanto Marina Gonçalves tem exercido o cargo de secretária de Estado da Habitação. Tanto João Galamba, como Marina Gonçalves, são destacados socialistas considerados próximos de Pedro Nuno Santos.
Marina Gonçalves, natural de Caminha e licenciada em Direito, foi assessora de Pedro Nuno Santos quando este desempenhou as funções de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e foi vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS na anterior legislatura.
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