Dormidas em alojamento de curta duração em Portugal caíram 4% no verão de 2022 face ao pré-pandemia
Apesar da subida de 9% na União Europeia, Portugal teve uma diminuição significativa do número de dormidas no terceiro trimestre de 2022 face ao mesmo período de 2019.
Entre julho e setembro de 2022, as plataformas online de arrendamento a curto prazo — como Airbnb, Booking, Expedia Group ou TripAdvisor — registaram 250,9 milhões de noites reservadas em toda a União Europeia (UE). Estes números, segundo os dados publicados esta segunda-feira pelo Eurostat, representam um aumento de 9% face aos valores registados no mesmo período do último ano de pré-pandemia, quando as plataformas reportaram cerca de 230 milhões de noites de hóspedes. Contudo, pelo menos 12 Estados-membros ainda não atingiram os níveis de 2019, entre os quais se destaca Portugal, que registou uma queda de 4%.
As reservas nestas plataformas vinham a registar uma “recuperação gradual” durante a segunda metade de 2021, mas foi nos primeiros seis meses de 2022 que as dormidas em alojamentos de arrendamento de curta duração atingiram e ultrapassaram pela primeira vez os níveis anteriores à pandemia de Covid-19, nota o gabinete estatístico europeu. Traduzindo em números, o primeiro semestre de 2022 contabilizou 199,4 milhões de noites reservadas, contra 83,8 milhões entre janeiro e junho de 2021 (período ainda marcado por restrições às viagens) e 193,3 milhões de noites em 2019, um aumento modesto de 3,2%.
Se se tiver em conta apenas o terceiro trimestre, que inclui os meses tradicionais de férias de verão de julho e agosto, esse aumento tornou-se “muito mais pronunciado”, com 250,9 milhões de noites reservadas nestes alojamentos, quando se registaram 202,3 milhões de dormidas no mesmo período de 2021 — um aumento de 24% — e 230,4 milhões no mesmo período de 2019 — subida de 9% –, de acordo com o Eurostat.
Noites passadas em alojamentos de curta duração na UE por mês (2019-2022)
Já entre janeiro e setembro do ano passado, as noites passadas em alojamentos reservados através de plataformas online corresponderam a um total de 450 milhões no bloco comunitário. Este número equivale a aumentos de 57,4% e de 6,3% em comparação, respetivamente, com os primeiros nove meses de 2021 e de 2019.
No entanto, embora as comparações com 2021 documentem uma “recuperação robusta” em todos os 31 países que compõem a UE e a EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), verificam-se diferenças entre eles em relação a 2019. Por exemplo, a Bélgica, Suécia e França registaram um aumento das dormidas reservadas em plataformas online de cerca de 30% no terceiro trimestre de 2022. Portugal, por sua vez, foi “o país de destino mais proeminente, com uma diminuição significativa” de 4%, entre os 12 países membros da UE que ainda estavam atrasados em relação aos níveis de 2019, assinala o gabinete de estatísticas europeu.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h28. Título corrigido às 16h35)
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