MAI pede a cidadãos “respeito pela natureza” na construção

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2023

José Luís Carneiro apelou aos cidadãos para "respeitarem a natureza" nas suas construções para que os territórios sejam seguros e resilientes.

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse esta segunda-feira que sempre houve chuva, só mudou a intensidade, e apelou aos cidadãos para “respeitarem a natureza” nas suas construções para que os territórios sejam seguros e resilientes.

“A nossa região conhece as chuvas desde que nós somos muito jovens. (…) Esta região do país é uma região que, no outono e no inverno, tem uma pluviosidade muito acentuada“, começou por dizer, em Viseu, à margem da cerimónia de comemoração do 146.º aniversário do comando distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) local.

Respondendo à única pergunta que aceitou fora do âmbito da PSP, o governante disse aos jornalistas que, se questionassem o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, que se encontrava ao seu lado, sobre o que ele deseja por parte dos seus municípios, este apontaria a construção. “Ele deseja da parte dos seus munícipes que, por exemplo, quando fazem construções, façam construções respeitando as linhas de água, respeitando a natureza, porque respeitando a natureza, respeitando os instrumentos do ordenamento do território, estão também a cuidar de termos um território mais seguro e mais resiliente”, defendeu.

José Luís Carneiro apontou também que o que se está a verificar de diferente no clima é que as alterações climáticas, apesar de não justificarem tudo, estão a provocar mudanças, nomeadamente no verão e inverno. “O que se alterou ou está a alterar, aliás em relação aos incêndios e às chuvas que temos vindo a conhecer, o que mudou foi a intensidade, ou seja, não tanto a chuva, porque ela é boa e necessária no outono e no inverno“, disse.

Mas, acrescentou o governante, mudou “sobretudo, a intensidade” das chuvas, assim como “a intensidade do calor e das secas do verão, que provocam depois circunstâncias excecionais” nos territórios. “[Circunstâncias essas] que nos apanham, muitas vezes, aos cidadãos, às famílias, às empresas, às autarquias, (…) ainda não suficientemente prevenidos e é por isso que temos de trabalhar muito na prevenção” defendeu, dando como exemplo a construção.

 

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